Tesouro Direto: taxas dos títulos prefixados recuam após suspensão

Maior parte dos papéis atrelados à inflação são negociados em estabilidade; taxas refletem cautela do mercado com a inflação

Os títulos do Tesouro Direto operam de forma mista nesta segunda-feira (18), na volta do feriado da Páscoa. As negociações dos títulos públicos chegaram a ser suspensas por cerca de uma hora durante a tarde, devido à alta volatilidade dos papéis. 

As taxas do Tesouro Prefixado 2025 e 2029 entregavam rentabilidade de 12,14% e 12,04% às 15h19, após chegarem a operar acima dos 12,30% no começo da tarde. O Tesouro Prefixado 2029 oferece taxas mais baixas, a 12,04% no ano. 

Os papéis da inflação operam em estabilidade, sendo que apenas o IPCA+ 2026 oferecia ganho real de 5,35%, inferior aos 5,39% registrados no último fechamento, na quinta-feira (14). Os Tesouros IPCA+ 2035 e 2045 entregam rentabilidade real de 5,63%. Entre os títulos com juros semestrais, o destaque vai para o IPCA+ 2055, que apresenta rentabilidade de 5,72%.

A variação das taxas de juros repercutem os números do Produto Interno Bruto (PIB) chinês. De acordo com o ONE (Escritório Nacional de Estatísticas) da China, o PIB cresceu 4,8% no primeiro trimestre de 2021, mais do que o esperado por especialistas. No entanto, o crescimento dos três primeiros meses do ano foi puxado pelos meses de janeiro e fevereiro. Março foi marcado por surtos de covid-19 e a adoção de medidas protetivas, como o lockdown em Xangai. Da mesma forma, o crescimento em abril deve ser menor do que o registrado no início do ano.  

Os investidores também seguem de olho no preço das commodities. O petróleo opera em alta nesta segunda-feira, com o barril do Petróleo Brent sendo comercializado a US$ 112,90. O Petróleo WTI sobe 0,79%, a US$ 107,23.

No cenário nacional, a negociação dos títulos do Tesouro Direto repercute a divulgação do IGP-10 (Índice Geral de Preços -10). De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o índice subiu 2,45% em abril, acumulando aumento de 7,63% no ano e 15,65% em 12 meses. Sete das oito classes de despesas do IPC-10 registraram taxas de variação elevadas, e os preços da gasolina e da energia elétrica foram os principais itens que pressionaram o índice.