Tesouro Direto: taxas de títulos prefixados batem recorde

Em dia volátil nos mercados e maior aversão ao risco, taxas de títulos públicos avançam

Os títulos públicos do Tesouro Direto são negociados em alta nesta sexta-feira (6), em dia marcado pela alta volatilidade nas bolsas mundiais. O Tesouro Prefixado 2033 bateu um novo recorde, chegando a oferecer rentabilidade anual de 12,63% às 15h19 (de Brasília). No dia anterior, o título entregava rentabilidade de 12,55%.

Os títulos prefixados com vencimento em 2025 e 2029 entregam juros reais de 12,58% e 12,55%, respectivamente. Já entre os títulos IPCA+, o Tesouro 2026 pagava juro de 5,51%, ante 5,46% na quinta-feira. O destaque vai para o Tesouro IPCA+ 2055 com juros semestrais, que tem rentabilidade anual em 5,80%.

O mercado monitora a divulgação do relatório de emprego nos EUA (payroll) de abril. Foram criadas 428 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola, enquanto a taxa de desemprego se manteve em 3,6%,o menor patamar em dois anos.

O BLG (Secretaria de Estatísticas Trabalhistas) disse que “o crescimento do emprego foi generalizado, liderado por ganhos em lazer e hospitalidade, em manufatura e em transporte e armazenagem”. Os dados do payroll são divulgados mensalmente e são utilizados pelo Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) para definir a taxa de juros nos EUA.

No Brasil, o Ibre-FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas) divulgou o Índice Geral de Preços – Disponibilidade (IGP-DI). O indicador registrou 0,41% de inflação em abril, ante 2,37% registrados em março. O índice acumula taxa de 6,44% no ano. A queda da taxa foi puxada pelo atacado e pelo varejo.

Em dia de aversão global ao risco, o que faz com que as taxas dos títulos do Tesouro Direto avancem, o Ibovespa opera em terreno negativo, bem como os índices de Wall Street. As bolsas europeias também fecharam em queda, após Olli Rehn, presidente do banco central finlandês, defender um movimento rápido no aumento da taxa de juros para conter a inflação