Tesouro Direto: taxas de prefixados avançam com sinalizações do Fed

Falas do presidente do banco central norte-americano reforçam intenção de aumentar a taxa de juros

As taxas dos títulos do Tesouro Direto operam sem direção única nesta sexta-feira (13). Enquanto os títulos Prefixados apresentam alta, os papéis atrelados à inflação recuam. As declarações de Jerome Powell, presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano), sobre o aperto monetário nos EUA, bem como a guerra na Ucrânia estão no radar dos agentes financeiros. 

Ás 15h22 (de Brasília), o Tesouro Prefixado 2033 apresentava a melhor taxa de rentabilidade, de 12,73%, frente 12,71% do dia anterior. Os títulos prefixados com vencimento em 2025 e 2029 pagavam 12,66% e 12,62%, também acima do registrado na quinta-feira (13).

Entre os papéis atrelados à inflação, os IPCA+ 2025 e 2045 pagavam o maior juro real, de 5,72%, abaixo dos 5,79% vistos um dia antes. Já os títulos com juros semestrais e vencimento em 2032 e 2040 têm rentabilidade de 5,65% e 5,69%, respectivamente. O Tesouro IPCA+ 2055 continua com as negociações suspensas, pois irá pagar juros semestrais na segunda (16). 

O destaque de hoje foram as declarações de Jerome Powell sobre a inflação nos EUA, após o Senado confirmar o segundo mandato do presidente do Fed. Segundo o dirigente, controlar a alta dos preços não será tarefa fácil e disse não poder prometer um “pouso suave” da economia. 

Powell reforçou que a autoridade monetária deve optar por mais aumentos na taxa básica de juros do país, mas descartou aumentos mais severos, acima dos 50 pontos-base. Com as declarações, os rendimentos dos treasuries (títulos públicos norte-americanos) com vencimento em 10 anos dispararam quase 4%, aos 2,920%.

Por fim, influenciam nas taxas do Tesouro Direto os desdobramentos da guerra entre Rússia e Ucrânia. Um dia após a Finlândia solicitar a entrada na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), a Suécia indicou que fará o mesmo movimento. A Rússia afirmou estar “preparada para dar uma resposta mais incisiva a quem tentar entrar na operação militar na Ucrânia”.