Tesouro Direto: taxas avançam em semana de reunião do Copom

Os investidores aguardam a decisão do Banco Central acerca do aumento da taxa de juros

No Tesouro Direto, os juros oferecidos pelos títulos públicos operam em alta nesta segunda-feira (2). Com o mercado hesitante com as reuniões para decidir as taxas de juros no Brasil e nos EUA nesta semana, as negociações no Tesouro Direto avançam.

Às 15h32 (de Brasília), o Tesouro Prefixado 2025 entregava rentabilidade de 12,32%, acima dos 12,13% verificados no último fechamento, na sexta-feira (29). Os títulos prefixados com vencimento para 2029 e 2033 entregavam juros de 12,31% e 12,41%, respectivamente. 

Entre os títulos atrelados à inflação, os Tesouro IPCA+ 2035 e 2045 ofereciam rentabilidade de 5,68%.O IPCA+ 2026 entregava 5,45%, com o investimento mínimo em R$ 31,29. Já os títulos com juros semestrais com vencimento em 2032, 2040 e 2055 ofereciam juros de 5,62%, 5,98% e 5,81%, respectivamente, 

 A alta das taxas é um relfexo da atitude dos investidores perante às decisões de política monetária no Brasil e nos EUA nesta semana. Na próxima quarta-feira (4), o Copom (Comitê de Política Monetária) e o Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) irão realizar suas respectivas reuniões para decidir a taxa de juros nos países. A expectativa é que ambas as autoridades monetárias aumentem os juros para combater a inflação. 

No Brasil, o Banco Central divulgou o Relatório Focus desta semana. O mercado elevou pela 16ª semana seguida a previsão para a inflação em 2022. Agora, a projeção é de 7,89%, mais que o dobro da meta do BC, de 3,5%. A estimativa da inflação para o próximo ano subiu de 4,0% para 4,1%. 

Os agentes econômicos também monitoram a divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) nesta segunda-feira. O indicador avançou 0,34% em fevereiro, abaixo da projeção do Refinitiv de 0,5%. 

Interfere no desempenho dos títulos negociados no Tesouro Direto as notícias internacionais. Os mercados asiáticos caíram após dados de que a atividade das fábricas chinesas recuou em abril. Na Europa, a expectativa é que os líderes da União Europeia discutem sobre um embargo contra o petróleo russo.