Tesouro Direto: retornos de prefixados seguem acima de 12%

Títulos públicos operam sem direção única na véspera do feriado de Tiradentes

Os títulos do Tesouro Direto apresentam retorno acima de 12% pelo quarto dia consecutivo nesta quarta-feira (20). Em dia de menor liquidez no mercado devido ao feriado de Tiradentes na quinta-feira (21), as taxas dos títulos públicos não apresentam muita variação em relação ao fechamento anterior. 

Por volta das 15h22 (de Brasília), o Tesouro Prefixado 2033 com juros semestrais segue sendo o mais rentável dentre os títulos, oferecendo retorno de 12,18%, levemente mais baixo que o observado na terça-feira (19), de 12,19%. Os Prefixados 2025 e 2029 entregam rentabilidade anual de 12,07% e 12,03%, respectivamente. 

Dentre os papéis atrelados à inflação, os Tesouro IPCA+ 2035 e 2045 oferecem rentabilidade de 5,60%, mesmo patamar do dia anterior. O Tesouro IPCA+ 2025 tem taxas de retorno a 5,31%. Considerando os títulos com juros semestrais, os papéis com vencimento em 2055 são o destaque, entregando 5,72% de rentabilidade.

No cenário local, o mercado acompanha as notícias de que o governo está avaliando ceder mais aos servidores públicos após insatisfação com reajuste de 5% para todo o funcionalismo. Integrantes do Executivo passaram a falar em conceder também aumento do vale-alimentação e do valor das diárias concedidas para viagens.  

O reajuste no salário dos servidores públicos estaduais deve custar R$ 11,7 bilhões no Orçamento. O governo deve tomar a decisão sobre o reajuste até o fim do mês de junho, quando acaba o prazo dado pela Lei de Responsabilidade Fiscal para reajustes.

O mercado aguarda a divulgação do Livro Bege, resumo das condições econômicas atuais dos EUA, que será apresentado pelo FED (Federal Reserve, o banco central norte-americano). As informações contidas no Livro devem servir de base para a discussão do aumento da taxa de juros no país, marcado para 3 e 4 de maio. 

Também está no radar dos investidores do Tesouro Direto a divulgação pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) sobre o PIB (Produto Interno Bruto) mundial em 2022. A organização reduziu a previsão do PIB do mundo de 4,4% para 3,6%. Por fim, mexem com os mercados globais o conflito entre Rússia e Ucrânia, uma vez que o exército russo realizou mais de mil ataques pelo segundo dia seguido no leste ucraniano, em uma tentativa de conquistar a região de Donbass.