Petróleo a US$ 65 ou US$ 380? Disparidade de previsões causa reações nas redes

Nos últimos dias, alguns bancos divergiram ao apresentarem suas previsões sobre o preço da commodity

As previsões sobre o preço do barril de petróleo tem causado repercussões nas redes sociais. Nos últimos dias, algumas instituições financeiras divergiram ao apresentarem suas previsões sobre a flutuação nos preços da commodity, gerando reações nas plataformas digitais. 

Strong consensus on Crude Oil amongst investment banks? pic.twitter.com/luQ2G1NEH8
— Alf (@MacroAlf) July 5, 2022

De acordo com o Citigroup nesta terça-feira (05), o barril de petróleo pode cair para US$ 65 até o final deste ano e depois para US$ 45 até o final de 2023 se ocorrer uma recessão que prejudique a demanda. 

Segundo os analistas do banco norte-americano, essa perspectiva é baseada na ausência de qualquer intervenção dos produtores da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e um declínio nos investimentos em produção.

Por outro lado, o J.P. Morgan previu uma disparada no preço da commodity. Em nota divulgado em 1º de julho, o banco norte-americano estimou que os preços do petróleo Brent podem subir para US$ 380 o barril no “cenário mais extremo” em que a Rússia reduz sua produção de petróleo em 5 milhões de barris por dia em resposta a um teto de preço considerado pelos países do G7 (Grupo dos Sete).

Na semana passada, os membros do G7 concordaram em explorar a proibição ao petróleo russo que for vendido acima de um determinado preço, com o objetivo de limitar a capacidade de Moscou de financiar sua invasão da Ucrânia.

O petróleo disparou este ano após a invasão da Ucrânia, e os bancos agora tentam traçar sua trajetória em 2023 à medida que autoridades monetárias aumentam juros e crescem os riscos de recessão. 

Por volta das 15h30 (de Brasília) desta terça-feira, o contrato futuro do petróleo Brent para setembro tinha queda de -9,43%%, a US$ 102,80 o barril. O preço foi impactado após o Banco da Inglaterra (BoE) afirmar nesta terça-feira que a perspectiva econômica mundial havia se “deteriorado substancialmente” em razão do efeito da alta das commodities sobre a inflação, gerando um risco maior de queda nos próximos meses.