Petrobras (PETR4) altera política de preços; entenda

Diretriz da estatal incorporou uma “camada adicional de supervisão” através dos conselhos administrativo e fiscal

A Petrobras (PETR4) aprovou nesta quarta-feira (27) uma diretriz de formação de preços no mercado interno, que reitera a competência da Diretoria Executiva na execução das políticas de preço, buscando preservar e priorizar o resultado econômico da companhia e buscando maximizar sua geração de valor. 

Ainda assim, a aprovação incorporou uma “camada adicional de supervisão” na execução das políticas de preço de combustíveis através dos conselhos de administração e fiscal. 

Procedimentos como periodicidade dos ajustes dos preços dos produtos, percentuais e valores de tais ajustes, e conveniência e oportunidade em relação a decisão dos ajustes dos preços, permanecem sob a competência da Diretoria Executiva. 

De acordo com a companhia, a nova diretriz não implica em mudanças das atuais políticas de preço do mercado interno.

“Vale destacar que a referida aprovação não implica em mudança das atuais políticas de preço no mercado interno, alinhadas aos preços internacionais, e tampouco no Estatuto Social da Companhia”, diz o comunicado.

Alta do petróleo deve impulsionar resultados da Petrobras

Na próxima quinta-feira (28), a Petrobras dá início a temporada de divulgação de balanços trimestrais para empresas de óleo e gás. Segundo relatório do Itaú BBA, divulgado nesta terça-feira (26), o destaque deve ir para a empresa, impulsionada por forte geração de caixa e dividendos sólidos.

Mesmo com menor produção nacional de petróleo, que caiu 5% no trimestre em comparação ao período anterior, os resultados da Petrobras devem vir ainda mais fortes, tanto em atividades de refino como em exploração e produção de petróleo e gás natural. Segundo relatório, a alta de 10% nos preços do petróleo no trimestre devem garantir resultados melhores.

Além disso, o Itaú BBA prevê resultados robustos para transporte, comercialização e refino de petróleo, impulsionados também pelo acúmulo de altas no preço do diesel e da gasolina. Com isso, o Ebitda da companhia deve atingir os R$ 94 bilhões, 17% do trimestre anterior.