Netflix (NFLX34): papéis caem após Goldman Sachs cortar recomendação

A gigante do streaming enfrenta desaceleração nos gastos do consumidor e forte concorrência da Amazon (AMZO34) e Disney (DISB34)

Os papéis da gigante do streaming Netflix (NFLX34) apresentam desempenho negativo nesta sexta-feira (10). A queda ocorreu após o Goldman Sachs reduzir a recomendação da plataforma de streaming, que enfrenta desaceleração nos gastos do consumidor e forte concorrência de Amazon (AMZO34) e Disney (DISB34). Por volta das 16h55 (horário de Brasília), a ação desvalorizava cerca de 2,70%, cotada a R$ 18,39. 

A companhia norte-americana rebaixou a ação de “neutra” para “vender” e reduziu sua meta de preço de US$ 265 para US$ 186, o menor valor entre os analistas que cobrem a ação.

De acordo com a imprensa internacional, o banco norte-americano ainda destaca que a Netflix precisa encarar o aumento da concorrência em um mercado em que já foi pioneira. Para retomar a confiança dos investidores, a companhia precisa mostrar recuperação nos próximos 6 a 12 meses. O banco também reduziu as estimativas de receitas em 2022 e 2023.

O corte de recomendação surge num momento complicado da gigante de streaming norte-americana. Em abril, a Netflix informou que registrou uma perda de 200 mil assinantes no primeiro trimestre de 2022 — em comparação com o quarto trimestre de 2021. Foi a primeira vez que a gigante do streaming registrou um resultado negativo. Ainda segundo a empresa, a estimativa é de que as quedas continuem e resultem em cerca de 2 milhões de usuários deixando a plataforma.

A gigante norte-americana alegou que entre os principais pontos que têm impactado a receita estão a concorrência e a pandemia de Covid-19. Além disso, a Netflix também culpou o encerramento de seus serviços na Rússia, causado pela guerra na Ucrânia, medida que resultou numa perda de 700 mil usuários totais.

Nos últimos dias, surgiram rumores que a Netflix estaria adquirindo a Roku, empresa que trabalha com dispositivos de streaming. Caso a negociação exista e o negócio seja concretizado, a plataforma de streaming entraria em um negócio de publicidade em rápido crescimento e que está em sinergia com seus planos atuais. A gigante norte-americana planeja lançar um tipo de assinatura mais barata  e baseada em publicidade até o final do ano.