Itaú (ITUB4) tem alta de 7,1% no lucro do 4T22

O Itaú teve lucro recorrente gerencial, excluindo itens extraordinários, de R$ 7,668 bilhões entre outubro e dezembro de 2022

O Itaú (ITUB4) revelou nesta terça-feira (07) seu balanço do quarto trimestre. O banco registrou lucro recorrente gerencial, excluindo itens extraordinários, de R$ 7,668 bilhões entre outubro e dezembro de 2022, alta de 7,1% em relação ao mesmo período de 2021.

No acumulado de 2022, o Itaú obteve lucro recorrente gerencial de R$ 30,786 bilhões, alta de 14,5% na comparação com 2021. Já o retorno recorrente gerencial sobre patrimônio líquido (ROE) do Itaú caiu de 21% no terceiro trimestre para 20,3% no quarto trimestre.

A margem financeira gerencial total da instituição financeira foi de R$ 24,97 bilhões entre outubro e dezembro, alta de 17,8% em relação ao mesmo período de 2021. Houve um crescimento de 21,7% na margem financeira com clientes, para R$ 24,227 bilhões.

A carteira de crédito do Itaú apresentou avanço de 2,7% na comparação com o terceiro trimestre, para R$ 1,141 trilhão.

“No mesmo sentido, tivemos o impacto positivo da Selic e do maior volume de depósitos em nossa margem de passivos e da taxa de juros pré-fixada em nosso capital de giro próprio, parcialmente compensado por menores spreads na carteira de crédito”, escreveu o Itaú.

O índice de inadimplência de empréstimos acima de 90 dias no Brasil cresceu de 3,2% para 3,43%.

“O aumento ocorreu devido à maior inadimplência no segmento de pessoas físicas no Brasil, principalmente nas carteiras de cartão de crédito e financiamento de veículos”, afirmou o texto que acompanha o balanço.

Nesta terça-feira, as ações do Itaú recuaram 2,31%, cotadas a R$ 24,55. 

Itaú (ITUB4) é preferido do setor para XP; entenda

O Itaú Unibanco (ITUB4) continua sendo negociado com desconto – em relação à sua média histórica – e, embora tenha atualmente um prêmio de valuation em comparação com seus pares, é a principal escolha do setor bancário para os analistas da XP Investimentos.

Ainda, questões políticas relacionadas a empresas estatais podem continuar a prejudicar o Banco do Brasil (BBAS3) e impedir um desempenho mais forte das ações no curto prazo, o que beneficiaria, na visão do banco, o Itaú.

Renan Manda e Matheus Guimarães avaliaram que a triagem de crédito mais conservadora do Itaú, que já começou no segundo semestre de 2022, permitirá que o banco mantenha suas taxas de inadimplência sob controle (com crescimento marginal no primeiro semestre do próximo ano).