Ibovespa futuro acompanha relaxamento de lockdown na China e abre em alta

Declarações do Federal Reserve e alta das commodities também são destaques

O Ibovespa futuro opera em alta nesta terça-feira (17). Por volta das 9h20 (de Brasília), o índice avançava 0,95% a 110.380 mil pontos, impulsionado pela flexibilização dos lockdown na China.

A reabertura do comércio em Xangai, na China, influenciou as projeções do Ibovespa futuro nesta terça (17). A maior cidade chinesa passou por longo período de lockdown, após o maior surto de Covid-19 ocorrido na região desde o início da segunda onda do vírus. 

Com a flexibilização das medidas restritivas, a expectativa é que a atividade industrial volte a ganhar força no mês de maio, principalmente ao considerar que os resultados negativos divulgados na última pesquisa industrial do país, referente ao mês de abril, foram consequência do fechamento dos comércios provocado pelo Covid-19.

Além disso, as novas reuniões do FED (Federal Reserve, banco central norte-americano) também estão no radar dos acionistas.

Jerome Powell, comandante do banco dos EUA, e Christine Lagarde, presidente do BCE (Banco Central Europeu) realizarão novos anúncios nesta terça (17), que podem indicar um novo rumo para a taxa de juros no mundo.

Enquanto isso, no Brasil, as expectativas estão voltadas para os resultados do IGP-10 (Índice Geral de Preços – 10).

A inflação medida pelo índice ficou em 0,10% no mês de maio, de acordo com pesquisa divulgada pelo FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas). 

No mês anterior, o índice havia registrado alta de 2,48%, o que pode corroborar com o cenário de manutenção da Taxa Selic, que não deve ir além de 13,5%.

De acordo com a declaração de Bruno Serra, publicada na última segunda-feira (16), “a taxa de juros parada por mais tempo é melhor, mas nem sempre é possível”.

No mercado europeu, as bolsas abriram em alta após a revisão do PIB (Produto Interno Bruto) da zona do euro referente ao primeiro trimestre deste ano, que teve alta de 5,1% na base anual após o reajuste do índice.

A região também aguarda os novos desdobramentos e reaberturas do mercado asiático.

Por fim, os balanços corporativos no Brasil também agitam a alta do Ibovespa futuro. Eletrobras (ELET3), Itaúsa (ITSA4), Nubank (NUBR3), e IRB (IRBR3) registraram resultados positivos no primeiro trimestre de 2022.