Ibovespa futuro abre em queda com ata do FED no radar

Inflação nos EUA e redução do ICMS no Brasil prendem atenção dos acionistas

O Ibovespa futuro opera em queda nesta quarta-feira (25). Por volta das 9h18 (de Brasília), o índice recuava 0,79% a 110.604 mil pontos, acompanhando o temor das bolsas mundiais sobre a divulgação da ata do FED (Federal Reserve, banco central norte-americano).

Os investidores dos mercados norte-americanos aguardam a nova reunião do FED, que ocorrerá já nesta quarta (25). A divulgação do documento poderá apontar para os novos rumos da taxa básica de juros no país, o que influencia também as projeções do Ibovespa Futuro.

Apesar disso, o comportamento futuro das bolsas da região demonstrou recuperação após as perdas nas ações de tecnologia no último pregão, mas os acionistas se preparam para as declarações da maior instituição bancária do país

No Brasil, além das possíveis influências das falas no FED, aguarda-se também a possível redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para combustíveis e energia no País.

A decisão ainda depende de votação da Câmara dos Deputados, que será realizada nesta quarta (25). Os representantes também votarão para escolher o novo vice-presidente da Casa.

Ainda no cenário doméstico, a ADR da Petrobras (PETR4) anotou aumento de 0,70%, após as perdas de quase 3% na B3.

Além disso, o petróleo registrou alta de 1%, enquanto o minério de ferro também apresentou leve avanço, influenciando as ações de mineradoras, siderúrgicas, e petroleiras. 

Já na Europa, as bolsas ensaiam recuperação após as perdas do último pregão, puxadas pelos dados de serviço e confiança abaixo do período na região.

Agora, a expectativa na região também é para as próximas declarações do FED, em meio a uma possível alta dos juros também no mercado europeu.

Na manhã desta quarta (25), Fabio Panetta, membro do conselho executivo do BCE (Banco Central Europeu), afirmou que “o caminho natural” da instituição é começar a elevar os juros. A expectativa é que uma decisão concreta seja anunciada no mês de julho. 

Enquanto isso, na Ásia, os mercados fecharam em alta no último pregão, resultado dos estímulos do governo chinês para recuperar as perdas causadas pelas medidas restritivas aplicadas no país.

Os desdobramentos da Covid-19 ainda preocupam a região, principalmente com o aumento dos casos na cidade chinesa de Pequim. Entretanto, a recuperação das bolsas aconteceu após o Banco da China anunciar que atenderá as demandas de crédito no país.

No Brasil, os episódios recentes da Petrobras ainda causam incertezas aos acionistas. A companhia informou que manterá sua política de preços inalterada, mesmo com as mudanças “injustificadas” de seus presidentes. 

Com isso, as projeções do Ibovespa Futuro também dependem das próximas decisões do governo federal sobre o comando da petroleira, que será decidido nas próximas semanas.