Ibovespa futuro abre em queda, apesar de aumento de preços na Petrobras (PETR4)

Commodities em baixa e decisões inflacionárias do FED repercutem pelo mundo

O Ibovespa futuro opera em queda nesta terça-feira (10). Por volta das 9h20 (de Brasília), o índice recuava -0,12% a 104.626 mil pontos.

A queda dos preços das commodities ao redor do mundo puxaram as projeções do Ibovespa Futuro nesta terça (10). Com o recúo de 1,08% do petróleo Brent a US$ 104,80 para o mês de julho, e com a baixa de 4,12% do preço do minério de ferro no porto de Dalian, as commodities refletem negativamente no mercado.

Com isso, o aumento do diesel nas refinarias da Petrobras (PETR4), consequente da diferença do preço praticado no Brasil com os valores do mercado internacional, não foi o suficiente para garantir boas expectativas na B3.

O reajuste, confirmado pela Petrobras na última segunda-feira (9), será realizado após dois meses de estabilização nos valores praticados, e com isso, o preço médio de venda do diesel para as distribuidoras da estatal sairá de R$ 4,51 por litro para R$ 4,91 por litro, alta de 8,8%.

Além disso, o Banco Central destacou na ata do Copom (Comitê de Política Monetária) o impacto da gasolina na inflação, “com impacto maior e mais rápido do que era previsto”.

No mercado europeu, a apreensão dos acionistas segue voltada para uma possível desaceleração do crescimento econômico global, impulsionada pelo aumento da taxa de juros anunciada pelo FED (Federal Reserve, banco central norte-americano).

A preocupação entre os acionistas é que os bancos centrais do continente também anunciem altas dos juros de uma forma agressiva, a fim de conter a inflação.

Entre os índices divulgados da Europa nesta terça (10), o que mais chama atenção é o indicador ZEW (responsável por entender a percepção de mercado atual em uma região) da Alemanha, que registrou aumento para -34,3 pontos no mês de maio em comparação com o valor alcançado em abril.

Apesar da alta, o índice permanece no menor nível da história em comparação a um mês na região.

Enquanto isso, as regulações do mercado norte-americano também reverberam nas bolsas asiáticas.

Em meio às medidas restritivas implementadas na China, ocasionadas pelos novos casos de Covid-19 no país, os mercados da região vêm sofrendo perdas no mês de maio.

Apesar disso, o setor bancário impulsionou positivamente o fechamento das bolsas nesta terça (10), em contramão das empresas tecnológicas chinesas

De volta ao mercado corporativo do Brasil, o dia será marcado por resultados financeiros do primeiro trimestre.

Neoenergia (NEOE4), B3 (B3SA3),Dommo (DMMO3), PetroRio (PRIO3), e Enauta (ENAT3) aumentam as expectativas para a projeção do Ibovespa Futuro.