Ibovespa fecha em queda, acompanhando commodities; dólar avança

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a segunda-feira (9) em queda de 1,89%, aos 103.146 pontos. O índice acompanhou a queda do preço das commodities e as bolsas internacionais. O dólar teve alta de 1,53%, cotado a R$ 5,1545. Nos últimos 30 dias, a divisa acumula alta de 9,71%. Mesmo assim, no ano, a queda é de 7,45%. 

Os dados divulgados nesta segunda-feira (9) sobre a exportação da China ditaram o comportamento dos mercados. Apesar das exportações terem avançado 3,9% em abril na comparação anual, a queda em relação ao registrado no mês anterior foi acentuada. Em março, o crescimento foi de 14,7%. 

Os números negativos mostram que o setor comercial da China está em processo de desaceleração devido aos lockdowns no país. A China está adotando medidas mais severas para conter o surto de covid-19, o que está afetando as cadeias de abastecimento mundiais. 

Com as notícias, o preço do petróleo desabou 6,13%, com o barril de petróleo Brent sendo negociado a US$ 105,51. Dessa forma, a Petrobras (PETR3;PETR4) caiu 4,26% e 2,81%, respectivamente. O minério de ferro também teve queda acentuada, de 5,51%, e a Vale (VALE3) recuou 4,39% durante o pregão. 

A Locaweb (LWSA3) ampliou as perdas e despencou 14,29%. Magazine Luiza (MGLU3), Totvs (TOTS3) e Embraer (EMBR3) também figuraram entre as maiores perdas do dia, recuando 8,84%, 8,26% e 7,91%, respectivamente. 

Na ponta positiva, BTG (BPAC11) avançou 4,02%, enquanto BRF (BRFS3) e Braskem (BRKM5) tiveram altas de 2,59% e 2,58%. Os papéis das empresas subiram após divulgação de bons resultados trimestrais.

As bolsas de Nova York acompanharam o Ibovespa e fecharam em queda. Dow Jones recuou 1,99%, enquanto S&P 500 e Nasdaq tiveram baixas de 3,20% e 4,29%. Os agentes financeiros temem a alta de juros nos EUA para conter a maior inflação em 40 anos.