Ibovespa despenca 2,11% após aumento de prévias da inflação

Dólar encerra em alta a R$ 5,57

O principal índice da Bolsa de Valores brasileira encerrou o pregão com queda de 2,11% nesta terça-feira (26), praticamente zerando os ganhos registrados na sessão anterior, quando saltou 2,28%. Após a divulgação do IPCA-15 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o mercado aumentou ainda mais sua estimativa para o crescimento do juros, aguardando agora um acréscimo superior a 1,5%. A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) está agendada para esta quarta-feira (27).

Conhecido como a prévia da inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), somou alta de 1,20% durante outubro, registrando sua maior variação para o mês desde 1995, segundo o IBGE (veja mais aqui). De acordo com o instituto, todas as áreas pesquisadas apontaram crescimento do indicador.

Com a divulgação do IPCA-15, juntamente com a divulgação do drible no teto de gastos na semana passada, os especialistas aumentaram suas previsões para o aumento da taxa Selic após reunião do Copom nesta quarta. Segundo os analistas, a expectativa agora é que o juros tenha um acréscimo superior aos 1,5% previstos pela XP na semana passada.

Com isso, a projeção da casa para o IPCA de outubro, que era de 0,77%, passou para avanço de 1,06%. A projeção para 2021 passou de 9,1% para 9,5%. Em 2022, a expectativa segue em 5,2%.

Nos Estados Unidos, as Bolsas de Nova York bateram novo recorde na sessão desta terça, os índices Dow Jones e SP&500 ampliaram as suas máximas históricas. A expectativa é que a temporada os balanços corporativos continuem dando bons números para o mercado, com resultados melhores do que o esperado. O destaque da semana são as big techs, como Microsoft e Alphabet, dona do Google.

A Microsoft reportou lucro líquido de US$ 20,5 bilhões durante o terceiro trimestre, alta de 38%. A Alphabet registrou lucro de US$ 18,94 bilhões. No caminho contrário, o Twitter divulgou prejuízos de US$ 537 milhões.

O índice de confiança do consumidor registrou avanço para 113,8 em outubro, frente aos 109,8 em setembro, de acordo com dados levantados pelo Conference Board, o índice vinha de três quedas consecutivas (veja mais aqui). Os resultados vieram acima das expectativas dos analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que mantinham uma expectativa de queda de 108,0 no indicador.

Na europa, o principal índice do continente, o Stoxx 600, fechou em alta de 0,75%, impulsionado por Wall Street e balanços positivos das empresas da região.

Ibovespa

O benchmark fechou a sessão em queda de 2,11% a 106.419 pontos. O volume negociado ficou em R$ 27,1 bilhões.

Dólar

O dólar encerrou o dia em alta de 0,32% a R$ 5,572 na compra e R$ 5,573 na venda.

Índice pela tarde

Às 16h40 (horário de Brasília), o índice recuava 1,8% aos 106.761 pontos. O dólar comercial subia 0,32% a R$ 5,57.

Às 14h31 (horário de Brasília), o principal benchmark da bolsa registrava baixa de 1,65% aos 106.915 pontos. O dólar comercial avançava 0,49% a R$ 5,58.

Índice ao meio-dia

Às 12h28 (horário de Brasília), o Ibovespa operava em queda de 1,4% aos 107.189 pontos. O dólar comercial tinha alta de 0,41% a R$ 5,58.

O Ibovespa segue em queda diante do resultado da prévia da inflação. Em dia de desempenho negativo do índice, nesta manhã, algumas ações demonstraram relevantes quedas, como Via (- 3,81%), B3 (-3,57%), Eletrobras (-3,38%) e Eztec(-2,68%), segundo o Valor Econômico. 

Antes da queda de 1,19% do Ibovespa, as ações da Neoenergia subiram a 0,58% (veja mais aqui) demonstrando a reação do mercado após o balanço do terceiro trimestre divulgado na segunda-feira (25).

De acordo com o relatório, a companhia registrou lucro líquido de R$ 1,3 bilhão no terceiro trimestre deste ano, alta de 57% em comparação com o mesmo período de 2020 (veja mais aqui).

Como foi a abertura do Ibovespa?

Às 10h11 (horário de Brasília), o Ibovespa operava em queda de 1,2% aos 107.410 pontos. O dólar comercial tinha alta de 0,26% a R$ 5,57.

Nesta terça-feira (26), o Ibovespa opera em queda diante do resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que registrou 1,20% em outubro (veja mais aqui).

Conforme divulgado nesta terça-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a variação para o mês é a maior desde 1995, quando ficou em 1,34%, e a maior variação mensal desde fevereiro de 2016, quando teve resultado de 1,42%.

Os investidores seguem aguardando a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sobre a taxa básica de juros, que deve sair nesta quarta-feira (27).

Ainda por aqui no Brasil, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) registrou a criação de 313.902 empregos líquidos em setembro. Na véspera, o ministro da Economia, Paulo Guedes, havia declarado que a Receita Federal traria novos recordes, com o Caged registrando mais de 300 mil vagas no país (veja mais aqui)

Confira aqui a agenda da semana para ficar por dentro dos principais fatos do mercado.

Pré abertura da Bolsa

O Ibovespa fechou com salto de 2,28% na sexta-feira (25), impulsionado pela repercussão da notícia de privatização da Petrobras. Os papéis da estatal lideraram os ganhos do índice.

O destaque do noticiário corporativo desta terça-feira (26) ainda está na repercussão da possível privatização da petroleira. Na véspera, a companhia comunicou ao mercado que questionou o governo federal, seu acionista majoritário, se de fato há algum estudo sobre a venda de ações da empresa ou algum fato relevante que deva ser divulgado.

As bolsas internacionais registram ganhos nesta manhã. Os índices futuros norte-americanos operam em ritmo positivo, à medida que investidores aguardam os resultados do setor de tecnologia.

No after market, na segunda-feira, os papéis do Facebook subiram mais de 1% após a empresa divulgar seus rendimentos trimestrais, que superaram as expectativas de analistas. Contudo, a receita e o número de usuários mensais ficaram abaixo do esperado.

O índice Dow Jones e o S&P continuam registrando recordes. Na véspera, o S&P foi impulsionado pelo avanço de 12% nos papéis da Tesla. O Nasdaq, por sua vez, registrou os melhores resultados, com elevação de 0,9%.

Na Europa, o índice Stoxx 600, que reúne ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 economias europeias, sobe 0,6%. O setor de viagem e lazer liderou os ganhos, enquanto o de petróleo e gás registra as maiores perdas.

As bolsas asiáticas, por sua vez, fecharam com resultados variados entre si. O Produto Interno Bruto (PIB) da Coreia do Sul avançou 0,3% no terceiro trimestre de 2021, ante os três meses anteriores. O resultado ficou abaixo da expectativa de crescimento de 0,6%, como foi antecipado pelo InfoMoney.

Já em relação aos fundos, o índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX) registrou uma queda de 0,16%, a 2.708,00 pontos na segunda-feira. No acumulado do mês de outubro deste ano, a variação do índice é negativa entre 0,28% e 5,64%.

Num movimento contrário ao ritmo da manhã anterior, os preços do petróleo recuam, à medida que os do minério de ferro avançam.
 
Confira os principais índices às 7h28:
 
IFIX [-0,16%]
 
ÁSIA
Nikkei 225 [+1,77%]
S&P/A SX [+0,03%]
Hang Seng [-0,36%]
Shanghai [-0,34%]
 
EUROPA
DAX [+0,96%]
FTSE 100 [+0,67%]
CAC 40 [+0,61%]
SMI [+0,37%]
 
ÍNDICES FUTUROS EUA
S&P 500 VIX [-1,51%]
US Tech 100 [+0,51%]
US 2000 [+0,46%]
US 30 [+0,32%]
 
COMMODITIES
Ouro [-0,17%] US$ 1.803,90
Prata [-0,71%] US$ 24,413
Cobre [-0,39%] US$4,5103
Petróleo WTI [-0,01%] US$ 83,75
Petróleo Brent [+0,04%] US$ 85,20
Minério de ferro futuro [+0,58%] US$ 121,85