Ibovespa contraria pessimismo mundial e abre em alta; dólar recua

O Ibovespa opera em alta nesta terça-feira (14). Por volta das 10h18 (de Brasília), o índice avançava 0,57% a 103.178 mil pontos, em direção contrária da expectativa dos mercados internacionais. Por sua vez, o dólar registra baixas no início do pregão.

O sentimento de temor internacional tomou conta das bolsas ao redor do mundo, porém, não regulou o Ibovespa na abertura do pregão.

As expectativas estão todas voltadas para a primeira reunião do FED (Federal Reserve, banco central norte-americano) nesta terça (14), que irá divulgar o PPI (Índice de Preços ao Consumidor) do mês de maio.

A publicação será muito importante na preparação do mercado para o provável ajuste monetário que a instituição dos EUA realizará na próxima “Super Quarta” (15).

Com isso, o dólar opera em baixa nesta terça (14). Às 10h10 (horário de Brasília), a moeda norte-americana registrava retração de 0,16%, vendida a R$ 5,107. 

Já no Brasil, os acionistas aguardam os desdobramentos da primeira reunião do Copom (Comitê de Política Monetária). 

A instituição também anunciará na próxima quarta (15) a decisão monetária do País, que pode indicar novas altas na Taxa Selic.

Como primeiro indício da semana, o já revelado índice de volume de serviços cresceu abaixo do esperado pelos especialistas, mas não deve alterar a decisão do Copom.

No âmbito dos combustíveis, o Senado confirmou a aprovação da redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) aplicados nos combustíveis, gás natural, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo no País.

A aprovação do texto-base da proposta foi por 65 votos a 12, e contou com grande participação de parlamentares que apoiam o governo Bolsonaro e suas tentativas de reduzir o preço dos combustíveis.

Especialistas do mercado dizem que o preço do petróleo pode passar de US$ 130 o barril no médio prazo e chegar até o fim do ano em US$ 150. 

Na Europa, o sentimento de temor ainda é o mesmo. O dirigente do BCE (Banco Central Europeu), Klaas Knot, disse que o quadro inflacionário da zona do euro corrobora um aumento de 25 pontos-base na próxima reunião da autoridade monetária.

A declaração do representante veio logo após a divulgação do CPI (Índice de Preços ao Consumidor) da Alemanha no mês de maio, que foi 7,9% superior ao mesmo período do ano passado.

Além disso, o índice ZEW (indicador do sentimento econômico da Alemanha) subiu menos que o esperado pelos acionistas.

– DAX (Alemanha), +0,15%
– FTSE 100 (Reino Unido), -0,25%
– CAC 40 (França), -0,44%
– FTSE MIB (Itália), +0,05%

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em queda no pregão desta terça-feira (14), também movidas pelos temores inflacionários dos EUA.

Na Coreia do Sul, foi registrada a sexta queda consecutiva do índice Kospi, além do menor nível desde dezembro de 2020.

Os mercados acionários do Japão e da Austrália também apresentaram perdas, com ênfase na baixa de 3,55% na bolsa de Sydney.

Enquanto isso, a China foi o único país da região que apresentou leves ganhos ao fechamento do pregão, impulsionada pela boa performance das ações de combustíveis e energia do país.

-Nikkei (Japão), -1,32%
-Kospi (Coreia do Sul), -0,46%
-Hang Seng Index (Hong Kong), +0,0019%
-Xangai SE (China), +1,02%

De volta ao mercado corporativo do Brasil, a Raízen (RAIZ4) inaugurou um posto de recarga rápida de veículos elétricos em São Paulo que será abastecido com geração solar, em ação que faz parte de planos da companhia para atingir a liderança na comercialização de energia limpa no Brasil.

Por sua vez, o Carrefour Brasil (CRFB3) anuciou o pagamento de R$ 264 milhões em dividendos, que serão distribuídos em R$ 0,12553215 por ação.

O pagamento dos dividendos já aprovado no dia 26 de abril, no montante de R$ 39 milhões, será realizado no dia 28 de junho.

Por fim, ainda sobre os olhares do Ibovespa, a Petrobras (PETR4) anunciou que assinou com o governo de Sergipe um protocolo de intenções para a identificação de oportunidades de negócios com o uso do gás natural considerando o desenvolvimento, pela companhia, de uma nova fronteira no estado.