Ibovespa avança e volta aos 100 mil pontos, incentivado por melhora no mercado externo; dólar recua

Ata do Copom e desdobramentos da Petrobras (PETR4) seguem no radar

O Ibovespa opera em alta nesta terça-feira (21). Por volta das 10h15 (de Brasília), o índice avançava 0,78% a 100.636 mil pontos, acompanhando a recuperação do mercado internacional em meio a constantes altas de juros. Por sua vez, o dólar opera em queda no início do pregão.

Em dia de recuperação das bolsas norte-americanas, após quedas acumuladas na última semana e feriado local de Juneteenth na última segunda-feira (20), o Ibovespa foi levado pela influência positiva do exterior, apesar do cenário agitado no Brasil.

O BC (Banco Central) sinalizou que a inflação brasileira deve manter o patamar elevado pelo menos até o final de 2022.

Por meio da ata do Copom (Comitê de Política Monetária) divulgada nesta terça-feira (21), a instituição confirmou que apesar do aperto no ciclo de alta de juros, a Selic não será diminuída neste ano, como forma de combater a inflação.

Além disso, os novos capítulos da Petrobras (PETR4) e do preço dos combustíveis ainda mantém a atenção dos investidores.

Serão realizadas reuniões nesta terça (21) com o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, a fim de discutir o atual valor dos combustíveis no País.

Com todos esses fatores acontecendo no Brasil, a reação positiva para a Bolsa de Valores vem do exterior.

As bolsas dos EUA operavam em alta já com os índices futuros antes da abertura oficial.

Entretanto, com a queda do Índice de Atividade Nacional de +0,40 para +0,01, o dólar opera em baixa na manhã desta terça (21). Às 10h08 (horário de Brasília), a moeda norte-americana registrava retração de 0,30%, vendida a R$ 4,172. 

Já no mercado europeu, as bolsas apresentam recuperação das perdas da última semana, também influenciadas pelo sentimento positivo dos EUA.

Todavia, os acionistas aguardam os novos posicionamentos do BCE (Banco Central Europeu) sobre a taxa básica de juros na região. 

O economista-chefe do BoE (Banco da Inglaterra), Huw Pill, afirmou que caso a inflação britânica persistir, a instituição monetária da região precisará ser mais rígida.

A expectativa já é de que o BCE (Banco Central Europeu) eleve os juros na região a partir de julho.

– DAX (Alemanha), +0,33%
– FTSE 100 (Reino Unido), +0,33%
– CAC 40 (França), +0,89%
– FTSE MIB (Itália), +0,38%

Na Ásia, as bolsas também fecharam majoritariamente em alta, movidas pelo otimismo norte-americano em meio a aumentos na inflação.

No sentido contrário da região, a performance mais negativa ficou para as bolsas chinesas, que apesar do bom desempenho dos papéis do setor financeiro, sentiram muito as quedas nas ações ligadas a metais ferrosos.

– Nikkei (Japão), +1,84%
– Kospi (Coreia do Sul), +0,75%
– Hang Seng Index (Hong Kong), +1,87%
– Shanghai SE (China), -0,26%

No campo corporativo do Brasil, o Banco Inter (BIDI11) anunciou uma reorganização societária. As ações do banco passarão a ser integralmente detidas pela Inter Holding Financeira S.A. (HoldFin), e os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) passam a ser negociados na B3 pelo código INBR31.

Por sua vez, o Grupo São Martinho divulgou seus resultados no quarto quadrimestre do ano-safra 2021/2022.

De acordo com a empresa, o lucro líquido foi de R$ 225,4 milhões no período, resultado 8,7% superior ao registrado no mesmo espaço de tempo da temporada anterior.

Por fim, a Eletrobras (ELET6) informou que a lista de novos indicados para o conselho de administração da companhia é única, sendo todos os nomes aceitos por consenso e não existindo outros candidatos ao colegiado.

Ademais, ainda no radar do Ibovespa, a empresa também confirmou o pagamento total de R$ 26.635.960.067,14, sobre título de bônus de outorga dos novos contratos de concessão de geração de energia elétrica envolvidos no processo de privatização.