Ibovespa acompanha Wall Street e abre em alta após ata do FED; dólar recua

Dados de arrecadação e privatização da Eletrobras impulsionam o mercado

O Ibovespa opera em alta nesta quinta-feira (26). Por volta das 10h23 (de Brasília), o índice avançava 0,19% a 110.793 mil pontos, seguindo a recuperação das bolsas norte-americanas após divulgação da ata do FED (Federal Reserve, banco central norte-americano).

O último pregão resultou em ganhos para os mercados de Wall Street, consequência das declarações do FED na última quarta (25).

A instituição financeira defendeu o aumento de 50 pontos-base na taxa básica de juros, entre os meses de junho e julho.

Logo, as expectativas do mercado estão voltadas para o anúncio do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA, que será realizada também nesta manhã.

Com isso, o dólar opera em baixa na manhã desta quinta (26). Às 10h06 (horário de Brasília), a moeda norte-americana registrava retração de 0,18%, vendida a R$ 4,821.

No Brasil, o mercado corporativo influencia a Bolsa nesta quinta (26). A Eletrobras (ELET6) recebeu uma proposta bilionária de R$ 30 bilhões, que aguarda a protocolização da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e da norte-americana (SEC) Securities and Exchange Commission para selar a privatização da companhia.

A previsão da empresa, que chama atenção dos acionistas, é que novas ações em volume sejam lançadas no valor total de R$ 26 bilhões.

Além disso, as expectativas também estão voltadas para os dados de arrecadação federal no mês de maio de 2022. A reunião contará com Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central.

Já na Europa, os acionistas ainda analisam as declarações das autoridades do BCE (Banco Central Europeu), que já prepara uma nova alta na taxa básica de juros, após a conclusão do APP (programa de compra de ativos).

As decisões sobre os juros também repercutem na Turquia, que deixou as taxas de juros inalteradas em 14%.

Na Rússia, o banco central do país anunciou o corte nos juros básicos, reduzindo a taxa em 11%, para 300 pontos-base. A decisão aconteceu após o aumento de projeções sobre a valorização do rublo.

– FTSE 100 (Reino Unido), +0,15%
– DAX (Alemanha), +0,69%
– CAC 40 (França), +0,61%
– FTSE MIB (Itália), +0,44%

Enquanto isso, as bolsas asiáticas registraram queda em sua maioria, após os anúncios do FED.

O mercado que demonstrou recuperação no último pregão foi o chinês, impulsionado pelos apoios do governo do país para estimular a economia. A decisão do BOC (Banco da China) estimulou as ações de tecnologia no país, e prometeu novos investimentos para suprir as consequências das medidas restritivas no país, ocorridas por conta do lockdown em Pequim, maior cidade chinesa, e outros polos econômicos.

O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, ressaltou na última quarta (25) que as autoridades devem trabalhar para “estabilizar” a atividade com o objetivo de assegurar um “crescimento razoável” no segundo trimestre e reduzir a taxa de desemprego.

– Nikkei (Japão), -0,27%
– Kospi (Coreia do Sul), -0,18%
– Hang Seng Index (Hong Kong), -0,27%
– Shanghai SE (China), +0,50%

Voltando ao cenário doméstico, a Eneva (ENEV3) confirmou um contrato para fornecimento de GNL (gás natural liquefeito) junto com a Suzano (SUZB3).

A decisão será para instalações industriais localizadas na cidade de Imperatriz, no Maranhão, com investimento de aproximadamente R$ 530 milhões, a fim de aumentar a clientela na região.

Além disso, o Ibovespa também reage à compra do Grupo Big pelo Carrefour (CRFB3), por meio do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). A rede de supermercados avaliou que os remédios determinados “ficaram em patamar sensivelmente inferior” ao mencionado na declaração de complexidade da Superintendência do colegiado.