Ibovespa acompanha recuperação na China e abre em alta; dólar recua

Indefinições na Petrobras (PETR4) e alta dos preços na Europa são destaques

O Ibovespa opera em alta nesta terça-feira (31). Por volta das 10h18 (de Brasília), o índice avançava 0,35% a 111.422 mil pontos, alinhado com a recuperação no mercado chinês. Enquanto isso, o dólar avança após reabertura das bolsas norte-americanas.

Após longo período de recessão provocada pelas medidas restritivas na China, devido ao aumento de casos de Covid-19 na região, o mercado chinês voltou a reagir.

O NBS (Escritório Nacional de Estatísticas) do país divulgou o PMI (Índice de Gerente de Compras) Industrial no mês de maio, que foi elevado para 47,8 pontos.

Com os resultados, os mercados da região recuperam fôlego, principalmente com a reabertura de comércios e supermercados em Pequim e Xangai.

Além disso, o Conselho de Estado da China anunciou um pacote com 33 medidas para estabilização da economia, dando sequência ao plano de recuperação comercial na região.

Logo, os acionistas no Brasil veem reflexo do otimismo chinês em solo brasileiro, mas aguardam os desdobramentos corporativos do País. O MME (Ministério de Minas e Energia) pediu de maneira formal ao ministério da Economia a inclusão da Petrobras (PETR4) em uma lista de estudos para que a privatização da companhia seja estudada. 

Já nos EUA, a recuperação pós-feriado ainda caminha em passos curtos. Após o fechamento das bolsas norte-americanas devido ao Memorial Day, celebrado na última segunda-feira (30), os acionistas aguardam a manutenção dos bons resultados obtidos em Wall Street na última semana.

Os investidores aguardam o encontro do presidente do país, Joe Biden, e o representante do FED (Federal Reserve, banco central norte-americano), Jerome Powell, para apontar novos rumos sobre a taxa de juros na região.

Por conta disso, o dólar opera em baixa na manhã desta terça (31). Às 10h10 (horário de Brasília), a moeda norte-americana registrava retração de 0,44%, vendida a R$ 4,731. 

Enquanto isso, na Europa, as notícias não são as melhores para os investidores. As bolsas da região recuaram no pregão desta terça (31) após a divulgação de dados inflacionários desanimadores. 

O CPI (Índice de preços ao consumidor) da zona do euro registrou aumento de 8,1% no mês de maio, alta recorde para comparação anual.

Além disso, o PIB (Produto Interno Bruto) da França e da Itália mostraram resultados contrários, com queda progressiva por conta de um novo embargo de importações do petróleo russo por parte da UE (União Europeia).

– FTSE 100 (Reino Unido), +0,33%
– DAX (Alemanha), -1,09%
– CAC 40 (França), -1,24%
– FTSE MIB (Itália), -0,86% 

De volta ao mercado asiático, os resultados do PMI chinÊs ainda seguem abaixo do nível médio de 50 pontos estipulado pelo governo, o que, de acordo com especialistas ouvidos pelo “Estadão”, ainda evidencia uma queda produtiva.

Entretanto, a expectativa dos acionistas é que as novas medidas do governo da China influenciem os novos resultados financeiros no país.

– Nikkei (Japão), -0,33%
– Kospi (Coreia do Sul), +0,61%
– Hang Seng Index (Hong Kong), +1,38%
– Shanghai SE (China), +1,19%

Por fim, o comportamento do Ibovespa ao longo do dia observa o encontro de Roberto Campos Neto, presidente do BC (banco Central) com a Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados, o que pode indicar novos sinais para o aperto monetário no País.