BlackRock, acionista do Google (GOGL34), é cobrada por transparência em publicidades

Sem resposta do Google, o Sleeping Giants Brasil passou a cobrar os principais acionistas da companhia, como a BlackRock

O “Sleeping Giants Brasil”, movimento de consumidores contra o financiamento do discurso de ódio e das fake news, vem cobrando o Google (GOGL34) por mais transparência dos gastos com publicidade na plataforma. Como não obteve resposta da companhia, eles passaram a cobrar seus acionistas, como a BlackRock. 

BLACKROCK DO SOMETHING

Estamos desde fevereiro cobrando o @google por um relatório de transparência dos gastos com publicidade política na plataforma. Não fomos ouvidos, então estamos cobrando seus acionistas.
— Sleeping Giants Brasil (@slpng_giants_pt) June 27, 2022

A campanha, que se deu início nesta segunda-feira (27), tem como objetivo mencionar o nome da acionista no Twitter para chamar atenção da mesma. Vários tweets foram postados nesta manhã com a frase “BLACKROCK DO SOMETHING”, que na tradução livre quer dizer: “BlackRock, faça alguma coisa”. 

Recentemente, em parceria com o Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social, o Sleeping Giants Brasil escreveu um artigo explicando a importância do relatório de transparência para a democracia. De acordo com eles, o Google anunciou em 2021 que disponibilizaria, ainda no primeiro semestre deste ano, os Relatórios de Transparência de Publicidade Política ao Brasil. 

“O documento é resultado do compromisso global assumido há cinco anos, em 2017, de fornecer acesso a informações sobre financiamento de publicações; porém, diferentemente do que ocorre nos Estados Unidos desde 2018, a empresa não disponibilizou, até o momento, tais informações”, diz parte do artigo. 

Após muita pressão, o Google se pronunciou explicando como disponibilizará os dados brasileiros. Entretanto, os mesmos a serem oferecidos são, de acordo com o movimento do Twitter, diferentes daqueles disponíveis em outros países.

Em artigo no blog da empresa, o Google Brasil aponta que “apenas publicidade eleitoral de campanhas no nível federal estará incluída no Relatório”, em um primeiro momento.

Em fevereiro, uma campanha foi lançada pressionando o YouTube para que a plataforma aplicasse no Brasil três medidas de combate à desinformação já adotadas em outros países: a disponibilização de Relatórios de Transparência de Publicidade Política, a implementação da política de Integridade Eleitoral e a efetiva aplicação dos termos de uso da rede social.

Por meio da hashtag #YoutubeApoiaFakeNews, os organizadores divulgaram o site fakenewsmata.org, uma espécie de petição para que os usuários pressionem o Google a aplicar punições contra a desinformação. A gigante da tecnologia norte-americana é quem administra a plataforma de vídeos.

B3 e BlackRock lançam 13 BDRs em bolsas internacionais

Uma das principais acionistas do Google, a BlackRock, Inc é uma empresa estadunidense, sendo a maior em gestão de ativos no mundo, sediada em Nova York. Opera principalmente em ativos e gestão de riscos. BlackRock é o maior sistema banca sombra no mundo.

Neste mês, em parceria com a B3, foram lançados 13 BDRs (Brazilian Depositary Recepts) de ETFs iShares (Exchange Traded Funds), ou seja, fundos de índices negociados em bolsas internacionais. 

Oito dos ETFs seguem índices de renda fixa dos EUA, com possibilidade de investimentos em dívida soberana e corporativa norte-americana. Já os cinco restantes seguem índices financeiros globais. 

O perfil Sleeping Giants Brasil, que comanda o movimento de cobrança contra o Google, se notabilizou por alertar empresas sobre a divulgação de publicidade em sites que reproduzem conteúdo de ódio ou mentiroso.