Goldman Sachs eleva recomendação de ações ‘bancárias’

Analistas também elevaram preço-alvo dos papéis do BB e agora preveem um potencial de alta de 55%

Os analistas do Goldman Sachs revisaram suas estimativas para o setor bancário brasileiro e elevaram as recomendações para alguns papéis do setor. Com isso, o segmento vem sendo um dos principais destaques da Bolsa de Valores brasileira na sessão, com o Índice do Setor Financeiro (IFNC) apresentando alta de 1,85%, por volta das 17h15 desta sexta -feira (14), sendo a segunda maior variação positiva entre os benchmarks da B3.

O Goldman Sachs elevou as recomendações para as ações da Itaúsa (ITSA4) e do Santander Brasil (SANB11) para compra e neutra, respectivamente. Apesar da nova posição de compra, os analistas da casa de análise diminuíram o preço-alvo para os papéis da Itaúsa de R$ 12,38 para R$ 12, um potencial de valorização de 25,5% em relação ao fechamento da última quinta-feira (13).

O preço-alvo para as ações do Santander foram mantidos em R$ 36, o que seria uma alta de 14,28%.

Os analistas também elevaram o preço-alvo das ações do Banco do Brasil (BBAS3) para R$ 46 ante aos R$ 43 estipulados anteriormente. O novo valor implica num potencial de alta de 55,1%.

O Goldman Sachs explicou que, nos últimos 12 meses, os bancos se beneficiaram da normalização dos níveis de provisão. Mas agora há riscos de crescimento mais fraco do Produto Interno Bruto (PIB) e inflação alta, “o que pode pressionar o crescimento dos empréstimos e levar à deterioração da qualidade dos ativos”.

Vale lembrar que o Banco Mundial cortou suas projeções para o avanço do PIB brasileiro em 2022. A instituição previa um crescimento de 2,5% na economia, porém reduziu a estimativa para uma alta de 1,4%, sendo a menor taxa entre os 18 países emergentes analisados.  

Outros Bancos

A recomendação de compra para as ações Bradesco (BBDC4) foi mantida, assim como o preço-alvo em R$ 26,00, um potencial de valorização de 26,58%. A posição para os papéis do Itaú (ITUB4) permaneceu inalterada em neutra, porém com queda no preço-alvo de R$ 26 para R$ 25, alta de 5,57%.