Café com BPM: risco de recessão mundial volta a assombrar bolsas na Ásia e Europa

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O sentimento de pessimismo gerado em Wall Street voltou a influenciar o comportamento negativo das bolsas na Ásia e na Europa no pregão desta quarta-feira (29).

Após o FED (Federal Reserve, banco central norte-americano) anunciar na última terça (28) que o aperto monetário nos EUA pode continuar agressivo, as ações da região caíram quase 3%.

Dessa forma, os papéis na Ásia também tiveram queda, o que resultou no fechamento em baixa de todas as principais bolsas do continente.

Na Europa, apesar dos ganhos nas ações de serviço e indústria, impulsionados pela publicação acima do esperado da confiança do consumidor na zona do euro, as bolsas também abriram em queda nesta quarta (29), puxadas ainda mais forte pelo temor de recessão norte-americano.

No cenário nacional, os investidores esperam que algumas novelas possam estar chegando em seus capítulos finais.

Nesta quarta (29), a expectativa está voltada para a possível apresentação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos Combustíveis.

O texto, já adiado duas vezes, será comentado pelo senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) e pode definir novos rumos para a situação do preço dos combustíveis no País.

As atenções também estão na divulgação do IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) do mês de junho. A expectativa do mercado é de que o índice tenha crescido 0,69%.

Além disso, aguarda-se também a publicação da confiança de serviços no Brasil e do resultado primário do Governo Central.

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou em queda de 0,17% na última terça-feira (29). Já o dólar registrou alta de 0,48% no fechamento, cotado a R$ 5,26 na terça (29).

Os mercados futuros dos EUA operam em baixa na manhã desta quarta-feira (29).

-Dow Jones Futuro (EUA), -0,12%
-S&P 500 Futuro (EUA), -0,25%
-Nasdaq Futuro (EUA), -0,29%
 

Bolsas Asiáticas

Após ganhos no pregão da última terça-feira (28), os mercados acionários na Ásia fecharam em queda nesta quarta (29), puxados principalmente pela rodada de baixas em Wall Street.

A queda de até 3% nas ações dos EUA aconteceu após a divulgação de indicadores desanimadores sobre a confiança dos consumidores no país, o que levou o FED a dizer que manterá um aperto monetário agressivo.

Com isso, as ações de tecnologia na Ásia voltaram a registrar as maiores perdas, enquanto os papéis de turismo e viagens – que haviam sido impulsionados por conta do relaxamento das medidas restritivas contra a Covid-19 anunciado pelo governo chinês – também voltaram a cair.

Segue o fechamento das bolsas asiáticas:

-Nikkei (Japão), -0,91%
-Kospi (Coreia do Sul), -1,82%
-Taiex (Taiwan), -1,29%
-Xangai SE (China), -1,40%
 

Bolsas Europeias

Na Europa, o sentimento de pessimismo voltou a assombrar os acionistas, desanimados pela corrente de perdas puxada por EUA e Ásia.

Após o FED anunciar o maior aumento da taxa de juros norte-americana desde 1994, há duas semanas atrás, a declaração da autoridade monetária na última terça (28) também resultou em perdas no continente europeu.

Nesse sentido, a publicação acima do esperado do sentimento econômico da zona do euro – que caiu para 104 pontos no mês de junho e impulsionou brevemente o euro – e os ganhos nos papéis de serviços e indústria não foram suficientes para uma abertura positiva das bolsas.

Agora, os investidores aguardam a divulgação dos números preliminares da inflação na Alemanha, e acompanham também a reunião do Fórum do BCE (Banco Central Europeu), que contará com a presença de representantes como Jerome Powell, presidente do FED, Andrew Bailey, do BoE (Banco da Inglaterra), e Christine Lagarde, presidente do próprio BCE.

Confira as principais bolsas europeias:

-DAX (Alemanha), -1,94%
-CAC 40 (França), -1,39%
-FTSE MIB (Itália), -1,41%
-FTSE 100 (Reino Unido), -0,53%
 

Notícias Corporativas

Após semanas de adiamento de seus resultados, a Oi (OIBR3) registrou lucro líquido consolidado de R$ 1,782 bilhão no primeiro trimestre de 2022, resultado positivamente contrário ao prejuízo líquido de R$ 3,038 bilhões apresentado em igual período do ano passado.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) total da companhia foi de R$ 1,252 bilhão entre janeiro e março deste ano, valor 9,9% acima do reportado no mesmo período de 2021.

Por sua vez, a B3 reajustou os valores por ação de seus dividendos do primeiro trimestre deste ano para R$ 0,06987217, enquanto as ações de JCP (Juros sobre Capital Próprio) do segundo trimestre deste ano foram mudadas para R$ 0,06090346.

Os valores antigos correspondiam a, respectivamente, R$ 0,06957822 e R$ 0,06064724.

Já nos desdobramentos da Petrobras (PETR4), parlamentares liderados pelo senador Jean-Paul Prates (PT) entraram com pedido na Justiça Federal do Rio de Janeiro para anular a nomeação de Caio Paes de Andrade para presidência da estatal.

De acordo com os representantes, a indicação de Paes de Andrade não vai de encontro aos requisitos legais mínimos para ocupar o cargo.
 

Agenda

A expectativa para esta quarta-feira (29) está para a provável apresentação da PEC dos Combustíveis elaborada pelo senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).

Além disso, a divulgação do IGP-M referente ao mês de junho e do resultado primário do Governo Federal também estão no radar dos acionistas.

Lá fora, será publicada a leitura do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA no primeiro trimestre, enquanto o presidente do FED, Jerome Powell, se encontrará com a presidente do BCE, Christine Lagarde, em um fórum econômico na instituição europeia.

Além disso, será divulgada também a leitura da prévia da IPC (Inflação ao Consumidor) na Alemanha.