Café com BPM: expectativas para declaração de presidente do FED regulam tensão das bolsas mundiais

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O testemunho do presidente do FED (Federal Reserve, banco central norte-americano), Jerome Powell, é o principal fator para a apreensão dos mercados nesta quarta-feira (22).

Após o aumento da taxa básica de juros realizado na última semana, o maior desde 1994, as novas declarações do presidente da instituição podem indicar novas tentativas para combater a inflação crescente no país e no mundo.

Com isso, as bolsas asiáticas fecharam em queda no último pregão, movimentadas principalmente pelo temor mundial e pelas baixas registradas no mercado de petróleo.

Na mesma direção, com preocupações sobre a inflação recorde no Reino Unido e com a queda das commodities, os mercados acionários da Europa também já estão em queda neste pregão.

No cenário nacional, apesar de nenhum indicador relevante ser divulgado nesta quarta-feira (22), os investidores analisam de perto os desdobramentos dos preços dos combustíveis praticados pela Petrobras (PETR4).

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou em queda de 0,17% na última terça-feira (21). Já o dólar registrou alta de 0,86% no fechamento, cotado a R$ 5,143 na terça (21).

Os mercados futuros dos EUA operam em baixa na manhã desta quarta-feira (22).

-Dow Jones Futuro (EUA), -1,28%
-S&P 500 Futuro (EUA), -1,47%
-Nasdaq Futuro (EUA), -1,68%
 

Bolsas Asiáticas

O sentimento regulador dos mercados da Ásia nesta quarta (22) é o de apreensão acerca dos comentários do presidente do FED, Jerome Powell, o que fez com que as bolsas da região fechassem em baixa. 

Além disso, a pressão das ações dos setores de petróleo e tecnologia também registraram as perdas mais expressivas, como na China.

Em Seul, por sua vez, o fechamento do terceiro pregão desta semana marcou o menor patamar do índice Kospi desde novembro de 2020.

Enquanto isso, o BoJ (Banco do Japão) anunciou, através da ata de sua reunião política monetária do mês de abril, que aguarda que as taxas de juros de curto e longo prazo continuem no mesmo nível.

Segue o fechamento das bolsas asiáticas:

-Nikkei (Japão), -0,37%
-Kospi (Coreia do Sul), -2,74%
-Taiex (Taiwan), -2,42%
-Xangai SE (China), -1,20%
 

Bolsas Europeias

Já na Europa, os acontecimentos domésticos também contribuíram para a abertura em queda das bolsas da região.

Além do temor acerca das declarações do FED, o continente também digere novos dados preocupantes sobre os índices inflacionários.

Foi divulgado que a inflação do Reino Unido atingiu uma nova alta de 9,1% no mês de maio, confirmando o aumento dos preços de alimentos e energia.

A alta foi a maior desde o ano de 1982, e segundo projeções do BCE (Banco Central Europeu), indica que a inflação na zona do euro deve se manter perto do nível recorde nos próximos meses.

A autoridade monetária já prevê um novo aumento na taxa básica de juros em julho.

Confira as principais bolsas europeias:

-DAX (Alemanha), -1,95%
-CAC 40 (França), -1,67%
-FTSE MIB (Itália), -1,96%
-FTSE 100 (Reino Unido), -1,29%
 

Notícias Corporativas

Em meio às indefinições e conflitos na Petrobras, o Comitê de Elegibilidade da petroleira confirmou o recebimento de documentação de Caio Paes de Andrade, indicado para ser presidente da companhia.

A estatal também afirmou que uma reunião do Comitê será realizada nesta sexta-feira (24) a fim de analisar a indicação.

Por sua vez, a Multiplan (MULT3) aprovou a distribuição de JCP (juros sobre capital próprio) no total de R$ 145 milhões, o que corresponde a R$ 0,25 por ação.

Já a Weg (WEGE3), que também aprovou o pagamento de JPC, divulgou que seu montante foi de R$ 181,6 milhões, o equivalente a R$ 0,0432 por ação.
 

Agenda

A quarta-feira é marcada pelo testemunho de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, no Comitê Bancário do Senado norte-americano.

Além disso, os acionistas podem ficar atentos também à divulgação do índice de confiança do consumidor para o mês de junho na zona do euro, indicador que pode dar novos sinais sobre o ajuste dos juros na região.

No Brasil, apesar da falta de indicadores econômicos, é válido ficar de olho na participação do presidente do BC (Banco do Brasil), Roberto Campos Neto, na premiação do jornal “O Globo”.