Café com BPM: Europa se aproxima de recorde de perdas e China recupera fôlego na Ásia

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O mercado mundial é medido pelo forte pessimismo no pregão desta quinta-feira (30), o que resultou nas perdas em massa nas principais bolsas internacionais.

Após a divulgação desanimadora do PIB (Produto Interno Bruto) anualizado dos EUA no primeiro trimestre deste ano na última quarta (29), as bolsas asiáticas despencaram.

O temor de uma possível recessão econômica voltou a assombrar os papéis e ações da região.

Entretanto, em movimento contrário, a China liderou os ganhos no continente, influenciada pelo resultado positivo de seus PMIs (Índice de Gerente de Compras).

Os indicadores aumentaram no mês de junho, de acordo com publicações feitas nesta quinta (30), como consequência da decisão do governo chinês de flexibilizar as medidas restritivas no país.

Em contrapartida, a publicação de dados positivos sobre o PIB do Reino Unido e a taxa de desemprego na zona do euro não foram suficientes para uma boa performance das bolsas europeias, que operam em forte queda no início deste pregão.

Caso continuem no mesmo ritmo, as bolsas da Europa podem fechar a semana com o maior número de perdas desde o início da pandemia da Covid-19, em abril de 2020.

No cenário nacional, as expectativas estão voltadas para votações e divulgação de indicadores importantes.

O BC (Banco Central) irá divulgar o Relatório Trimestral de Inflação do País, além da publicação da taxa de desemprego realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Ambas as publicações deixarão o radar dos acionistas ligado à influência da última alteração na taxa Selic e sobre quais serão os próximos rumos para a taxa básica de juros no Brasil.

Ademais, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos Combustíveis será votada pelo Senado nesta quinta (30). 

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou em queda de 0,96% na última quarta-feira (29). Já o dólar registrou queda de 1,55% no fechamento, cotado a R$ 5,18 na quarta (29).

Os mercados futuros dos EUA operam em baixa na manhã desta quinta-feira (30).

-Dow Jones Futuro (EUA), -1,03%
-S&P 500 Futuro (EUA), -1,33%
-Nasdaq Futuro (EUA), -1,69%
 

Bolsas Asiáticas

Os mercados acionários da Ásia fecharam majoritariamente em baixa em mais um pregão.

O desempenho fraco em Wall Street puxou as ações asiáticas para baixo novamente, principalmente após a publicação do PIB (Produto Interno Bruto) anualizado dos EUA, que caiu 1,6% no primeiro trimestre de ano

Apesar disso, a China liderou os ganhos na região e recuperou o fôlego com a divulgação de alguns PMIs (Índice de Gerente de Compras) oficiais do país.

O indicador no setor de manufatura alcançou o resultado de 50,2 no mês de junho, superior aos 49,6 em maio.

Além disso, o subíndice de produção também teve alta de 3,1 pontos percentuais no sexto mês do ano em comparação com o mês anterior, ficando em 52,8 pontos, enquanto o setor de encomendas subiu 2,2 p.p entre maio e junho.

Agora, visando identificar as melhorias nos mercados do país após o governo chinês diminuir as medidas restritivas por conta da Covid-19, os investidores da China aguardam a publicação do PMI Industrial.

Segue o fechamento das bolsas asiáticas:

-Nikkei (Japão), -1,54%
-Kospi (Coreia do Sul), -1,91%
-Taiex (Taiwan), -2,72%
-Xangai SE (China), +1,10%
 

Bolsas Europeias

Na Europa, o sentimento de pessimismo pode levar as bolsas a um dos piores pregões do ano, e fechar a semana com as maiores perdas desde o início da pandemia de Covid-19, em 2020.

Além dos resultados negativos nos EUA e da constante pressão do FED (Federal Reserve, banco central norte-americano) para aumentar a taxa básica de juros, o continente também digere a pressão do BCE (Banco Central Europeu).

A autoridade monetária confirmou que deseja elevar os juros em 25 pontos-base no início de julho, o que já refletiu nas taxas suecas.

O BC da Suécia anunciou o aumento de 50 pontos-base de sua taxa de juros, deixando o indicador em 0,75%.

A região européia teve dados relativamente positivos divulgados nesta quinta (30), como a taxa de desemprego da zona do euro, que recuou em 6,6% no mês de maio – acima do aguardado pelo mercado – e a alta de 0,8% do PIB do Reino Unido entre janeiro e março deste ano, na comparação com o último trimestre de 2021.

As vendas no varejo da Alemanha também tiveram alta, 0,6% em maio na comparação com abril.

Mesmo assim, o temor à uma recessão econômica internacional foi mais forte e puxou as bolsas para baixo nesta quinta-feira (30).

Confira as principais bolsas europeias:

-DAX (Alemanha), -2,34%
-CAC 40 (França), -2,32%
-FTSE MIB (Itália), -2,28%
-FTSE 100 (Reino Unido), -1,78%
 

Notícias Corporativas

A Localiza (RENT3) e a Unidas (LCAM3) anunciaram que o processo de fusão entre as duas companhias renderá 0,43884446 ações ON da Localiza para cada ação ordinária emitida aos acionistas.

Enquanto isso, a Suzano (SUZB3) anunciou a compra das ações da Caravelas Florestal no valor de R$336 milhões.

Já a Cemig (CMIG4) informou que irá investir R$ 100 milhões na compra de 100% de participação em SPEs (Sociedades de Propósito Específico) que possuem três usinas fotovoltaicas.

Considerando as três usinas envolvidas, o aporte da companhia contemplará a potência de 16,2 MWp distribuída entre as unidades.
 

Agenda

Com a apresentação do texto na última quarta (29), a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos Combustíveis será votada pelo Senado nesta quinta-feira (30).

A votação acontece às 16h (de Brasília).

Além disso, o Banco Central irá divulgar também o RTI (Relatório Trimestral de Inflação), que está no radar dos acionistas.

São publicados também nesta quinta (30) os relatórios referentes à taxa de desemprego no Brasil até o mês de maio.

Nos EUA, após a leitura do PIB trimestral divulgada nesta semana, as atenções nesta quinta (30) se voltam para a divulgação do Índice de Preços de Gastos com Consumo no país.

A publicação da pesquisa alerta os investidores, visto que o PCE é um dos principais indicadores inflacionários usados pelo FED.

Por fim, a China também divulga seu PMI (Índice de Gerente de Compras) Industrial referente ao mês de junho.