Café com BPM: decisões de políticas monetárias agitam mercados na “super quarta”

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As expectativas dos mercados internacionais rondam os anúncios que serão realizados pelo FED (Federal Reserve, o banco central norte-americano) nesta quarta-feira (15).

Considerada como a “super quarta”, este dia 15 prende o foco dos acionistas e especialistas do mercado, que dão como certa a alta de juros em 0,75 percentual nos EUA, provocando um aperto mais agressivo da política monetária.

No mercado asiático, os investidores também aguardam ansiosamente a divulgação norte-americana, mas as bolsas seguem sem sinal único no fechamento do último pregão.

A expectativa também ronda as ações na Europa, que além de serem influenciadas pelas decisões do FED, também aguardam a reunião do BCE (Banco Central Europeu) que discutirá os novos rumos da inflação na região.

No cenário nacional, as atenções estão todas voltadas para a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) nesta quarta (15).

A autoridade monetária irá definir a nova alteração da Selic, a taxa básica de juros do País.

De acordo com a expectativa do mercado, as projeções são para o aumento em 50 pontos-base do índice inflacionário.

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou em queda de 0,52% na última terça-feira (14). Já o dólar registrou alta de 0,23% no fechamento, cotado a R$ 5,129 na terça (14).

Os mercados futuros dos EUA operam em alta na manhã desta quarta-feira (15).

-Dow Jones Futuro (EUA), +0,32%
-S&P 500 Futuro (EUA), +0,48%
-Nasdaq Futuro (EUA), +0,57%
 

Bolsas Asiáticas

Na Ásia, as bolsas mais uma vez não fecharam na mesma direção. Contudo, a expectativa geral do continente está voltada para o possível aperto monetário mais agressivo do FED.

Os dados animadores ficaram por conta da China, que confirmou o crescimento de 0,7% na produção industrial de maio em relação ao mesmo período do ano passado.

As vendas no varejo tiveram queda de 6,7% na comparação com o mesmo período, entretanto, ambos os resultados foram positivos para o mercado, que aguardava baixa de 1,0% na indústria e recuo de 6,9% no varejo.

Em contrapartida, na Coreia do Sul, a bolsa de Seul confirmou uma nova mínima desde dezembro de 2020, marcando a sétima queda consecutiva do índice.

Segue o fechamento das bolsas asiáticas:

-Nikkei (Japão), -1,14%
-Kospi (Coreia do Sul), -1,83%
-Taiex (Taiwan), -0,30%
-Xangai SE (China), +0,50%
 

Bolsas Europeias

As bolsas europeias iniciam o dia em alta, se recuperando dos últimos pregões negativos.

Apesar da reação dos mercados, o dia será marcado não só pela decisão do banco central norte-americano, mas também por uma reunião de emergência convocada pelo Banco Central Europeu.

Os analistas aguardam a decisão da instituição monetária na região, principalmente após dados desanimadores divulgados na manhã desta “super quarta”.

A balança comercial da zona do euro teve um déficit recorde para um mês de abril, enquanto a produção industrial cresceu 0,4% em maio ante ao quarto mês do ano. A expectativa era de crescimento de 0,5%.

Confira as principais bolsas europeias:

-DAX (Alemanha), +1,11%
-CAC 40 (França), +0,89%
-FTSE MIB (Itália), +2,74%
-FTSE 100 (Reino Unido), +1,29%
 

Notícias Corporativas

A operadora de petróleo e gás Petrorecôncavo (RECV3) confirmou a emissão de uma follow-on (oferta subsequente de ações) no montante de R$ 1,03 bilhão, sem venda de lote extra.

De acordo com o grupo Broadcast/Estadão, os papéis da companhia saíram a R$ 23,50, um desconto de 14% em relação ao fechamento do último dia 3, em que a operação foi anunciada. 

Por sua vez, a B3 (B3SA3) registrou um volume médio de ações de R$ 30,4 bilhões, desempenho 8,5% menor que o registrado no mesmo mês do último ano. Na ocasião, o volume total foi de R$ 33,2 bilhões. 

Entretanto, o número de investidores pessoa física cresceu 38,7% nessa mesma base de comparação, passando de 3.139.799 para 4.355.774 investidores.

Já a Petrobras (PETR4) firmou um contrato de estudos para trabalhar com produção, compra e venda de biometano juntamente com a Raízen (RAIZ4). 
 

Agenda

A “super quarta”, como é chamado este dia 15, contará com o anúncio da decisão do Copom acerca da taxa Selic no País.

A estimativa dos especialistas do mercado é de que o governo federal aumente a taxa em 50 pontos-base, para 13,25%.

Já no mercado internacional, o Federal Reserve também divulga a definição da taxa básica de juros dos EUA.

Após o anúncio tão esperado pelos acionistas, o presidente da autoridade monetária, Jerome Powell, concederá uma entrevista coletiva.

Na Europa, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, participa de evento na London School of Economics, a fim de dar novos indícios para a inflação na região.