Café com BPM: bolsas oscilam com expectativa de alta dos juros nos EUA

O Ibovespa fechou o pregão de quinta-feira (20) com avanço de 1,01%, retornando aos 109 mil pontos pela primeira vez desde outubro de 2021. As atenções estavam voltadas às falas do presidente Jair Bolsonaro sobre o projeto para reduzir os preços de combustíveis e da eletricidade, além disso, uma possível Lula e Alckmin nas eleições de 2022 também estavam no radar.

Nesta manhã de sexta-feira (21), investidores acompanham o último dia para Bolsonaro sancionar o Orçamento de 2022. Além disso, o destaque também está para a preparação de uma PEC, pelo governo, para diminuir os preços de energia elétrica e combustíveis, que pode contrair a arrecadação entre R$ 70 bilhões e R$ 100 bilhões, como sinalizou a equipe da XP Política.

Na sessão desta sexta-feira, as bolsas internacionais operam no vermelho, seguindo as expectativas de elevação dos juros nos Estados Unidos com a forte inflação.

Os índices futuros norte-americanos apresentam desempenhos variados nesta manhã, após a queda na véspera. Os investidores estadunidenses repercutem o resultado abaixo do esperado da Netflix, o que fez seus papéis recuarem cerca de 20% no pré-market.

Na quinta-feira, o Dow chegou a subir 450 pontos, mas fechou com perda de 0,89%, ficando inferior aos 4.500 pontos pela primeira vez desde outubro; o Nasdaq chegou a avançar 2,1% antes de fechar no vermelho (-1,3%); e o S&P teve alta de 1,53%, mas encerrou com queda de 1,1%.

Na Europa, o índice Stoxx 600, que reúne ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 economias europeias, recua 1,5%.

As ações europeias seguem com desempenho negativo nos EUA com a contínua elevação do rendimento dos títulos do Tesouro norte-americano e a queda da Netflix.

As bolsas asiáticas fecharam em território negativo nesta sexta-feira, à medida que dados de inflação do Japão foram repercutidos. Houve um aumento de 0,5% no indicador em dezembro de 2021, ante o mesmo período no ano anterior.

O dado foi impulsionado pela alta nos custos de matérias-primas e combustíveis, como foi antecipado pela Reuters. O ritmo foi o mais rápido para um mês em quase dois anos pela segunda vez consecutiva.

Em relação às commodities, os preços do petróleo apresentam um novo dia de queda, com a liberação de reservas estratégicas nos EUA e estoques de petróleo no radar dos mercados.

O Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) anunciou, na véspera, que os estoques da commodity subiriam em 515 mil barris na semana passada, indo em direção oposta às expectativas de queda de analistas, como foi antecipado pelo InfoMoney. Além disso, investidores estão com suas atenções voltadas para as notícias de que os EUA planejam elevar a liberação de reservas estratégicas.
 
Confira os principais indicadores às 7h41:

IFIX [-0,089%]

ÁSIA
Nikkei [-0,90%]
S&P/A SX 200 [-2,27%]
Hang Seng [+0,05%]
Shanghai [-0,91%]
 
EUROPA
DAX [-1,30%]
FTSE 100 [-0,71%]
CAC 40 [-1,03%]
SMI [-1,04%]
 
ÍNDICES FUTUROS EUA
US Tech 100 [-0,26%]
US 500 [-0,05%]
S&P 500 VIX [+0,26%]
US 2000 [+0,16%]
 
COMMODITIES
Ouro [-0,46%] US$ 1.834,80
Prata [-0,97%] US$ 24,477
Cobre [-0,87%] US$ 4,5427
Petróleo WTI [-1,53%] US$ 84,23
Petróleo Brent [-1,44%] US$ 87,11
Minério de ferro futuro [+1,32%] US$ 129,09