‘Brasil está barato e B3 tem potencial’, diz Franklin Templeton

A expectativa da gestora é que a bolsa brasileira amplie ainda mais seus ganhos.

Uma das maiores gestoras de ativos do mundo, a Franklin Templeton, avaliou que a recente recuperação que transformou a bolsa brasileira em um dos mercados acionários globais com melhor performance no começo deste ano ainda não terminou.

De acordo com o especialista que administra cerca de R$ 3,5 bilhões do escritório da empresa em São Paulo, Frederico Sampaio examina que há um potencial de recuperação “gigantesco”.

“Os preços ainda estão desajustados por conta dessa avalanche de resgates,” com os investidores sacando dinheiro dos fundos locais focados em ações, forçando gestores a reduzir ou zerar posições, disse o profissional. Os fundos de ação locais registraram resgate líquido de R$ 6,5 bilhões neste mês até 21 de janeiro, após uma saída de R$ 3,4 bilhões em dezembro, segundo a Anbima. “O Brasil continua muito barato”, destaca.

Ainda segundo a avaliação de Sampaio, a pressão vendedora por parte dos institucionais domésticos se somou a perspectivas de crescimento mais fraco, juros mais altos e incerteza eleitoral, levando os valuations ao menor nível em uma década. O profissional tem priorizado nomes no setor de commodities, como Suzano (SUZB3), Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3), empresas de saúde como Hapvida (HAPV3) e ações ligadas ao tema de tecnologia, incluindo Locaweb (MGLU3) e Magazine Luiza (MGLU3).