Bolsas de Nova York fecham o último pregão do mês em queda

Principais índices de Wall Street são penalizados por queda nas ações da Amazon

As bolsas de Nova York terminam a sessão desta sexta-feira (28) em queda consistente. No último pregão do mês, o índice Dow Jones terminou o dia em queda de 2,77%, a 32.977 pontos. Já o S&P 500 recuou 3,63%, a 4.131 pontos, enquanto o índice tecnológico Nasdaq anotou perdeu 4,17%, a 12.334 pontos.

A queda consistente das bolsas de Nova York na sessão de hoje foi marcada principalmente pela queda das ações da Amazon, que registrou perdas de 14%. O movimento ocorreu com a divulgação do balanço trimestral da companhia, anunciado na quinta-feira (28) após o fechamento regular do mercado. No primeiro trimestre deste ano, a Amazon reportou um prejuízo de US$ 3,84 bilhões. Essa foi a primeira perda para a companhia desde 2015. 

A Apple também encerrou o dia no vermelho, recuando 3,66%. Na quinta-feira (29), a Big Tech divulgou um crescimento 5,8% em seu lucro líquido no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2021. O que pesou para a empresa, no entanto, foram as ofertas de componentes provenientes da China, diante de bloqueios no país para controlar a covid-19.

As ações da Tesla, por sua vez, terminaram em queda de 0,77% depois do anúncio de que o presidente da companhia, Elon Musk, vendeu mais uma fatia de seus ativos, desta vez US$ 4,5 bilhões de ações. 

Além disso, as perdas anotadas em Wall Street refletem a alta do o PCE (Índice de Despesas de Consumo Pessoal, na sigla em inglês) dos EUA no mês de março. O indicador registrou alta de 0,3% na base de comparação mensal, e na comparação anual, a valorização foi de 5,2%. Esse avanço preocupou o mercado, uma vez que sinaliza mais fortemente a disparada da inflação no país. Diante disso, o índice Nasdaq registrou o pior desempenho desde 2008.

Dentre os principais índices das bolsas de Nova York, o Nasdaq terminou com o pior desempenho desde outubro de 2008, caindo 13,26%. Já o S&P 500 e o Dow Jones recuaram 8,80% e 4,91%, respectivamente, o pior desempenho desde março de 2020, ano em que foi decretado o estado de pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS).