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União Europeia não chega a acordo interno sobre restrições ao petróleo russo

Resistência da Hungria em relação ao petróleo transportado por via marítima dificultou o consenso

A nova tentativa dos países membros da União Europeia (UE) de aprovar um pacote de restrições à importação de petróleo da Rússia fracassou, neste domingo (29). Embaixadores dos 27 países da UE estiveram reunidos em Bruxelas, capital da Bélgica, e não conseguiram chegar a um acordo sobre as sanções contra o regime de Vladimir Putin.

Desde o início do mês, a UE tenta encontrar um meio termo que agrade a todos os países do bloco. A Hungria, entretanto, é contra as restrições à compra de petróleo russo.

A proposta que tramita na União Europeia prevê a proibição do petróleo russo entregue aos países do bloco por via marítima até o final de 2022, segundo informações da “Reuters”. Seriam isentos, entretanto, os países que recebem o petróleo através do oleoduto russo Druzhba, que abastece a Hungria, Eslobváquia e República Checa.

No encontro deste domingo, os países membros chegaram a discutir a hipótese de isentar o “Oleoduto da Amizade” das restrições. O local interliga Rússia a países do leste europeu, como a Hungria.

A resistência da Hungria em relação ao petróleo transportado por via marítima acabou fazendo com que a União Europeia não chegasse a um consenso. Na segunda-feira (30), chefes de governo e de Estado da UE terão uma reunião extraordinária.

Este seria o sexto pacote de sanções contra a Rússia. O quinto pacote foi anunciado no início de abril, e impôs restrições à importação de carvão. Desde este último pacote, a Hungria não estabeleceu mais nenhuma medida contra a Rússia. Vale lembrar que a maior parte dos países da União Europeia dependem da Rússia para suprir a demanda energética.