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Secretária do Tesouro dos EUA indica desaceleração do crescimento norte-americano

Janet Yellen ainda ressaltou que uma recessão não é 'inevitável'.

A secretária do Tesouro norte-americano, Janet Yellen, afirmou, neste domingo (19), que prevê uma desaceleração do crescimento e ressaltou que uma recessão não é “inevitável”.

“Prevejo que a economia vai se desacelerar”, declarou Yellen no programa “This Week”, da rede “ABC”, dias depois de o Fed (Federal Reserve, o Banco Central norte-americano) ter elevado suas taxas de juros de referência.

A economia dos EUA vem sofrendo com a inflação galopante e os problemas nas cadeias de suprimentos ampliados pela invasão russa da Ucrânia aumentaram o pessimismo dos consumidores.

Ainda neste domingo, Brian Deese, diretor do Conselho Econômico Nacional e conselheiro econômico do presidente Joe Biden, disse estar esperançoso de que o Congresso aprove medidas que o governo afirma que ajudarão a combater a inflação nas próximas semanas.

“Os preços estão inaceitavelmente altos no momento”, afirmou Deese, em entrevista ao programa “Face the Nation”, da rede “CBS”. 

“É por isso que o presidente disse que precisamos fazer disso nosso principal foco econômico e fazer tudo o que pudermos para derrubá-los”, completou. 

Ele citou medidas para reduzir o custo de medicamentos prescritos, incentivos fiscais para energia e uma “reforma tributária há muito atrasada” como formas de ajudar as famílias americanas a lidar com a inflação mais rápida em 40 anos e sinalizar aos mercados que os EUA são “muito sérios”. 

Na quarta-feira (15), o Fed subiu em 0,75 ponto percentual a taxa básica de juros nos EUA, agora em um intervalo entre 1,50% e 1,75% para o ano. O comunicado veio em linha com as perspectivas do mercado financeiro.

Atualmente, o Fed está entre a cruz e a espada, considerado o cenário duradouro de alta da inflação nos EUA e o impacto da elevação dos juros sobre o mercado acionário e a possibilidade de recessão. 

Em 8 de junho, a secretária do Tesouro dos EUA afirmou que a inflação não será um problema de uma década para o país e que os gastos emergenciais da Covid-19 do governo Biden contribuíram de forma modesta para os aumentos de preços.