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Rússia volta a atacar Kiev, capital da Ucrânia

Este é o primeiro ataque de Moscou contra a cidade em cerca de um mês

A Rússia voltou a atacar Kiev, a capital da Ucrânia, neste domingo (5). Este é o primeiro ataque de Moscou contra a cidade em cerca de um mês, de acordo com as autoridades ucranianas.

O ataque teria atingido uma instalação de reparo de vagões de trens e uma pessoa ficou ferida, segundo o prefeito de Kiev, Vitali Klitchko. De acordo com o Ministério de Defesa russo, os mísseis do país atingiram tanques T-12 e veículos blindados que foram fornecidos pela UE (União Europeia) à Ucrânia.

Em entrevista a “Reuters”, o diretor da estrutura ferroviária ucraniana, Oleksandr Kamichin, confirmou que quatro mísseis atingiram a instalação, mas sinalizou que nenhum equipamento militar estava no local. “O alvo russo é a economia e a população civil.”

Um morador que trabalha em um dos locais atingidos afirmou a “AFP” que presenciou quatro explosões. “Eles têm bombardeado qualquer lugar”.

Após os ataques, o governo ucraniano voltou a pedir aos países ocidentais que continuem sancionando a Rússia. Desde o início da guerra, a UE  e os EUA têm coordenado diversas retaliações econômicas contra Moscou.

Um dos principais assessores do presidente da Ucrânia, Volodimyr Zelensky, Mikhailo Podoliak afirmou que o objetivo dos russos é “matar tantos ucranianos quanto for possível”.

Rússia: Putin ameaçou Kiev com mais mísseis

Em entrevista divulgada após o bombardeio, Vladimir Putin ameaçou Kiev com novos ataques. De acordo com ele, caso a Rússia receba mais mísseis de longo alcance do Ocidente, Moscou deve “utilizar suas armas para atacar alvos que não foram atacados até aqui”.

Com as negociações estagnadas, o papa Francisco pediu que Moscou e Kiev realizem “negociações reais” por conta da “cada vez mais perigosa escalada do conflito”. O pontífice afirmou no último sábado (4) que quer ir à Ucrânia.

“Em plena destruição e morte, e enquanto crescem os enfrentamentos, alimentando uma escalada cada vez mais perigosa, renovo o meu chamado aos dirigentes de Rússia e Ucrânia: por favor não conduzam a humanidade até a destruição”, afirmou o papa.