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Fed deve considerar novas altas na taxa de juros, diz Bowman

Bowman acrescentou que ainda mantém a mente aberta sobre a magnitude dos aumentos

O Federal Reserve (Fed) deve considerar mais aumentos de 0,75 ponto percentual na taxa de juros nas próximas reuniões, afirmou a diretora do banco central norte-americano, Michelle Bowman, neste sábado (6).

“Apoiei a decisão do Fomc na semana passada de aumentar a taxa de juros em mais 75 pontos básicos”, disse Bowman, segundo o Moneytimes. A declaração da diretora do Fed ocorreu na preparação para um evento da Kansas Bankers Association, no Colorado, referindo-se ao Comitê Federal de Mercado Aberto que define a política monetária.

“Minha opinião é que aumentos de tamanho semelhante devem estar na mesa até que vejamos a inflação caindo de maneira consistente, significativa e duradoura”, afirmou a diretora. 

Bowman acrescentou que ainda mantém a mente aberta sobre a magnitude dos aumentos, dependendo de como a economia evolui.

Fed eleva taxa de juros dos EUA

Recentemente, o Fed confirmou a expectativa do mercado e elevou a taxa básica de juros dos EUA em 0,75 ponto percentual. Com isso, a taxa de juros dos EUA saiu do intervalo entre 1,5% e 1,75% para o intervalo entre 2,25% e 2,5% ao ano.

A decisão veio em linha com a expectativa do mercado, que já estimava uma alta dessa magnitude. “Inflação permaneceu elevada, refletindo desequilíbrio entre oferta e demanda relacionado à pandemia, preço dos alimentos e energia mais elevados e pressões externas de preços”, informou o Fed em comunicado divulgado após a reunião desta quarta.

A instituição financeira mudou sua avaliação da economia. “Os indicadores recentes de gastos e produção se suavizaram. No entanto, os ganhos de emprego foram robustos nos últimos meses e a taxa de desemprego permaneceu baixa”, afirmou.

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De acordo com o Fed, novos aumentos serão apropriados. Além disso, relatou que continuará reduzindo participações em títulos do Tesouro e dívida e títulos lastreados em hipotecas. “O Comitê está fortemente comprometido em devolver a inflação ao seu objetivo de 2%”, diz o texto.