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Disputa judicial entre Twitter (TWTR34) e Elon Musk começará em outubro

Kathaleen McCormick, juíza que instrui a batalha, marcou o início do julgamento para 17 de outubro

A batalha entre Twitter (TWTR34) e Elon Musk acaba de ganhar mais um capítulo. Kathaleen McCormick, juíza que instrui a disputa judicial, marcou o início do processo, que vai definir se o CEO da Tesla (TSLA34) será obrigado a comprar a plataforma, para 17 de outubro. O julgamento deve durar cinco dias. 

Em 12 de julho, o Twitter entrou com uma ação judicial contra o bilionário Elon Musk na corte de Delaware (EUA). A rede social quer que o magnata sul-africano cumpra com as obrigações legais diante da desistência da compra da plataforma por US$ 44 bilhões, ou US$ 54,20 por ação. Um dos termos do contrato prevê uma multa contratual de US$ 1 bilhão pela desistência.

Na semana passada, a rede social obteve uma vitória considerável contra Elon Musk. Um juiz de Delaware concordou em acelerar o caso, marcando a data do julgamento para outubro. A plataforma alegou que a incerteza da compra paralisa a empresa. Por outro lado, os advogados de Musk pediram para que o início do processo fosse realizado em 2023. 

Em 8 de julho, o CEO da Tesla afirmou que encerrou seu acordo de US$ 44 bilhões para comprar o Twitter, citando a violação material de várias disposições do contrato.

Desde 25 de abril, quando Musk anunciou o acordo de compra do Twitter, o fechamento do negócio se tornou um problema. 

Em 13 de maio, o bilionário sul-africano afirmou que o acordo para compra da plataforma digital estava “temporariamente suspenso”. De acordo com Elon Musk, ainda não havia um consenso sobre contas falsas circulando na plataforma. A estimativa realizada pelo Twitter no início de maio indicava que menos de 5% dos usuários ativos e monetizáveis da plataforma possuíam contas falsas.

Oito dias depois, Musk anunciou a elaboração de um plano inicial para combater as contas falsas da plataforma, montando uma equipe para avaliar o número de contas falsas na rede social, a partir da análise de 100 perfis aleatórios fornecidos pelo algoritmo da plataforma.

De acordo com um documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários e de Câmbio dos EUA (SEC), emitido no dia 25 de maio, o magnata sul-africano buscou aumentar sua participação financeira particular em sua oferta de aquisição da rede para US$ 33,5 bilhões. 

Sem sacramentar o negócio, em 26 de maio, os acionistas da rede social decidiram processar Musk e o próprio Twitter. Os investidores alegaram que, com o impasse do acordo, as ações TWTR34 começaram a derreter.

Com a desistência de Elon Musk, o Twitter contratou o escritório de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) chamado Wachtell, Lipton, Rosen & Katz para processar o magnata.