Criptomoedas: EUA acusam brasileiros de operar pirâmide financeira

Os EUA acusaram dois brasileiros de fazerem parte de um esquema de pirâmide financeira, envolvendo criptomoedas, que teria deixado US$ 100 milhões em perdas. Ao lado do americano Joshua David Nicholas, Emerson Sousa Pires e Flavio Mendes Gonçalves estão sendo investigados por supostamente se apropriar de milhões de dólares de investidores.

O caso foi denunciado na última sexta-feira (1º) pelo Departamento de Justiça dos EUA e reguladores do mercado de capitais, como a SEC (Securities and Exchange Commission) e a CFTC (Commodity Futures Trading Commission). A investigação da suposta pirâmide de criptomoedas ainda envolve o FBI e a a Agência de Investigações de Segurança Interna dos EUA, a HSI.

Apontados como fundadores da EmpiresX, os brasileiros teriam retornado ao seu país de origem no início do ano, após a eclosão do esquema.

Esquema é baseado em um robô de investimentos em criptomoedas

A acusação aponta que o esquema teve início em meados de 2020, com a promessa de lucrar 1% ao dia, por meio de um robô de investimentos em criptomoedas. Ele arrecadou cerca de US$ 40 milhões de investidores.

“Os réus supostamente se apropriaram indevidamente de grandes somas de dinheiro dos investidores para alugar um Lamborghini, fazer compras na Tiffany & Co., fazer um pagamento em uma segunda casa e muito mais”, disse a SEC, em comunicado, segundo o Infomoney.

“Os réus supostamente se envolveram em uma oferta não registrada com uma série de declarações fraudulentas destinadas a atrair investidores com a perspectiva de lucros diários constantes”, diz a chefe interina da unidade de ativos e cibernética da SEC Enforcement Division, Carolyn Welshhans.

Além disso, a dupla brasileira também foi denunciada por conspiração para cometer lavagem internacional de dinheiro, por um júri no Distrito Sul da Flórida.

Brasileiros podem pegar até 45 anos de prisão

Em maio deste ano, a agência reguladora do mercado de capitais dos EUA já havia acusado Pires por aplicar, ao lado de seu sócio na Mining Capital Coin, Luiz Carlos Capuci Júnior, um golpe global, também do universo de criptomoedas.

Caso os brasileiros sejam condenados por todas as acusações, ambos podem pegar até 45 anos de prisão, enquanto Nicholas pode pegar até 25 anos, segundo a Justiça dos EUA.

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O órgão anunciou, em comunicado, o indiciamento no total de seis pessoas, em quatro casos por suposto envolvimento em fraudes relacionadas a criptomoedas.