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BRICs: Argentina e Irã são candidatos à altura do grupo, segundo Lavrov

Ministro das Relações Exteriores da Rússia afirmou que os dois países serão responsáveis pelo início da expansão do BRICs

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse, nesta terça-feira (28), que Argentina e Irã são candidatos à altura do BRICs. As informações são do “Suptnik News”. 

Segundo Lavrov, os dois países serão responsáveis pelo início da expansão do BRICs. “Entende-se que a Argentina e o Irã estão à altura, e são candidatos respeitáveis, assim como os demais países que também são mencionados nas discussões, mas a decisão será tomada em consenso”, disse Lavrov.

Lavrov também salientou que o mais importante, no momento, é que o processo preparatório para adesão desses países pelo BRICs tenha sido lançado. “Os principais critérios serão, acima de tudo, garantir a eficiência, e elevar o impacto prático do trabalho sobre esta estrutura”, afirmou o ministro russo.

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Na noite da última segunda-feira (27), o Irã protocolou candidatura ao BRICs. Segundo o porta-voz do Ministério de Relações Internacionais iraniano, a entrada do Irã no BRICs “resultaria em saldo positivo para ambos os lados”.  Vale lembrar que o Irã é um dos principais aliados do regime de Vladimir Putin, e a proposta para ingressar no BRICs ocorre durante um cenário onde a Rússia tem sido cada vez mais isolada de negociações com países do Ocidente. 

Apesar de não ter formulado um pedido de ingresso ao grupo de países, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, afirmou recentemente que tinha interesse em ingressar no BRICs.

O que é o BRICs?

O BRICs consiste em um agrupamento de países emergentes (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). O conceito foi citado pela primeira vez por Jim O’Neil, economista do Goldman Sachs, em 2001. Na época, ele afirmou que Brasil, Rússia, Índia e China seriam as economias do futuro. A ideia só veio a ganhar forma, entretanto, em 2009, com a fundação oficial do agrupamento de países com mercados emergentes. Inicialmente, o grupo não contava com a África do Sul, que ingressou em dezembro de 2010, após ser convidada pela China para ser parte do grupo.