Radar dos FIIs: Ifix registra segunda alta de novembro

O índice subiu 0,57% após divulgação dos resultados de outubro

Desde que foi criado, em 2012, o Ifix nunca passou por tantas perdas como neste ano. O índice dos fundos mais negociados na B3, já está há quatro meses seguido acumulando quedas. O indicador fechou novembro com baixa de 3,63%, sendo o pior mês desde março de 2020, quando a pandemia do covid-19 começou. Em 2021, as perdas já somam 10,16. 

No último do mês, marcado pela aversão ao risco nos mercados, o Ifix alcançou sua segunda alta mensal. O índice subiu 0,57%, aos 2.578 pontos na tarde desta terça-feira (30). 

Ainda assim, a XP Investimentos bateu na tecla da elevação dos preços no país e permaneceu preocupada, recomendando os fundos imobiliários do tipo “papel”, sendo os títulos atrelados a indexadores de inflação e à taxa do CDI (Certificado de Depósito Interbancário). 

No relatório divulgado na última segunda-feira a (29) o destaque econômico de novembro foi o resultado dos indicadores de inflação, especialmente a alta de 1,25% do IPCA que trouxe surpresa para os analistas. No ano, indicador acumula alta de 8,24% e de 10,67% nos últimos 12 meses. 

 

Resultados de outubro

Os Fundos de Investimentos Imobiliários XP Selection FoF (XPSF11), RBR Rendimento High Grade (RBRR11) e Maxi Renda (MXRF11) divulgaram seus resultados de outubro.

Segundo a XP, o cenário para os FIIs está ficando cada vez mais desafiador se consideradas as instabilidades políticas e econômicas do País que podem impactar o portfólio do investidor. O aumento da inflação e do índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) chama atenção de como fica o setor, que tem muitos contratos, especialmente de aluguéis, indexados aos indicadores.

Confira os resultados:
 
XP Selection FoF (XPSF11)
O XPSF11 sinalizou que o mês de outubro a “persistência inflacionária nos EUA e Europa que contribuíram para uma elevação nos vencimentos mais curtos das curvas de juros”. O desempenho das bolsas internacionais foram, de modo gral, positivas.

O fundo terminou o mês de outubro cotado a R$ 78,40 por cota “ex-proventos”. A partir daí, ele obteve um dividend yield anualizado de 10,7% e a cota patrimonial ficou em R$ 88,28 “ex-proventos”, que corresponde a um dividend yield de 9,5% anualizado.

O patrimônio líquido do fundo é de aproximadamente R$ 382,27, com 4.330.214 cotas emitidas. O número de cotistas do fundo atingiu a marca dos 20.354. Por volta das 11h16, o XPSF11 sentia alta de 1,36%, a R$ 70,96.
 
RBR Rendimento High Grade (RBRR11)
O RBRR11 alocou R$ 35 milhões no CRI Pátio Malzoni, como uma operação de antecipação de locação remunerando IPCA + 5,92%. De acordo com a gestão, o ativo conta com alienação de lajes do Pátio Malzoni, situado na Faria Lima, São Paulo.

O fundo declarou que segue a apuração pelo regime de caixa, em que a inflação está limitada ao “resultado de caixa”. Em outubro, o fundo distribuiu R$ 0,90 por cota, o que corresponde a um dividend yeld anualizado de 11,65% ao ano.

Dentro de sua estratégia, ele vendeu R$ 4,7 milhões de MCCI11 e R$ 3,5 milhões de BARI11, dando sequência a um ganho de R$ 80 mil no mês (R$ 0,01 por cota).

O RBRR11 possui um patrimônio líquido de R$ 1,03 bilhão, com cerca de 10.362.300 cotas emitidas.
 
Maxi Renda (MXRF11)
A gestão do Maxi Renda (MXRF11) informou os seus resultados de outubro, o fundo investiu no book de FIIs e viu sua renda somar R$ 70 milhões em outubro, com a distribuição do FII Brio Multiestratégia (BIME11), no valor de R$ 10 milhões, FIIs Succespar Varejo (SPVJ11) e Guardian Logística (GALG11), que juntos respondem a R$ 60 milhões.

A sua carteira fechou o mês de outubro com R$ 245,10 milhões.