É possível falar num ‘boom’ nos gastos dos americanos com retomada econômica, diz Bruna Bins, do TC

À BP Money, a correspondente realizou uma análise sobre o futuro da economia americana.

Em conversa com a BP Money, a correspondente internacional do TC, Bruna Bins, fez uma análise sobre a média semanal de novos casos de Covid-19 nos Estados Unidos ter reduzido 67% em relação ao pico de janeiro, além de explicar como países que estão se destacando na luta contra a pandemia irão receber um retorno positivo do mercado.

Para Bins, a notícia da queda de novos casos de coronavírus entre americanos indica o início do processo de recuperação da economia no país.

“É um sinal muito bom para a economia americana, e está claro que os investidores irão beneficiar os países que tiverem uma melhor campanha de vacinação, visto que isso sinaliza uma retomada econômica mais rápida”, disse. 

O ponto fundamental, segundo ela, é a importância do avanço do número de pessoas vacinadas.

“A gente sabe que conforme a vacinação for ganhando ritmo, menos restrições econômicas serão impostas, o que já contribui muito para o movimento do mercado”, pontuou.

A correspondente também destacou a quantidade de estadunidenses que estão guardando o dinheiro no que seria a “poupança” dos EUA.

“Os americanos estão com muita poupança, muito dinheiro guardado nas chamadas saving accounts, que seriam relativamente parecidas com a poupança brasileira”, disse Bins. “Isso sinaliza que eles estão preparados para gastar o dinheiro que possuem em alinhamento com a melhora da economia.”

“Com toda essa questão voltando, é possível falar em um ‘boom’ nos gastos e na economia, pois as pessoas estão preparadas para gastar”, concluiu. 

Em relação à política, Bins focou nas expectativas de investidores em torno do acordo sobre o pacote de estímulos.

“Biden passou um pacote de US$ 1.9 trilhão que está para ser aprovado e isso injetará uma maior ingestão de liquidez nos mercados também”, apontou. “Porém, temos que ficar atentos com o que o banco central americano fará, principalmente nessa semana, já que o país apresenta dados maiores de seguro-desemprego e de inflação”, ressaltou ao fim. 

Sobre a política monetária dos EUA, a correspondente acredita que os juros se manterão baixos. No início da semana, com a divulgação da ata da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, em inglês) realizada na semana passada.

“O Fed vem indicando que não irá aumentar os juros, e eu acredito que enquanto o Jerome Powell estiver no comando da instituição os juros não serão elevados”, diz ela.

Para o futuro, Bins afirma que há projeção de crescimento, mas há preocupação com a inflação. “Devemos ficar de olho nos dados de inflação e em como isso irá afetar o mercado. A economia americana é referência mundial, e as bolsas americanas tendem a arrastar as bolsas internacionais.”

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