BDS: startup baiana de games pretende levantar R$ 525 mi em criptoativos

A Beyond Digital Sports vai além e traz um modelo de negócio 360 autossuficiente e dinâmico

Apaixonado por games e ao mesmo tempo frustrado com a ausência de infraestrutura que o mercado de eSports fora do eixo paulistano tem para oferecer, Lukas Walter, popularmente conhecido como LKZ, viu nesse cenário a possibilidade de criar uma empresa inovadora que fomenta as principais necessidades desse setor. 

Assim como o nome da startup baiana de games promete, a Beyond Digital Sports (BDS) vai além e traz um modelo de negócio 360 graus que harmoniza vários nichos de um ecossistema autossuficiente e dinâmico.  
 
A empresa, que pensa no desenvolvimento da cadeia de eSports do início ao fim, tem expectativas promissoras de consolidação e pretende movimentar o mercado de games regional e nacional. 

Não há fronteiras que limitem a startup. Dentre seus planos, a empresa apresentou desejo de futuramente exportar seu modelo de atuação para outros países.

Em entrevista à BP Money, o CEO da empresa, LKZ, conta que a criação da startup foi motivada por sua percepção de consumidor. “Tem aquela frase de que empreender é resolver problemas, é encontrar soluções e curar dores do mundo. Aprendi muito vivenciando a ausência de fomento no setor ao longo de todos esses anos”, afirma o empreendedor baiano. 

Criada em 2020, a companhia opera por enquanto com recursos próprios. Em dezembro, o plano é angariar um investimento mínimo no Brasil e depois concluir a maior parte da captação junto a investidores internacionais. 

A BDS está estruturando sua operação com a tecnologia blockchain e seu financiamento com security tokens, áreas em que o setor global de games tem atuado significativamente nos últimos anos. Desta maneira, a empresa lançará seus tokens – ativos financeiros digitais – na Suíça. 
 
“É um novo mercado financeiro que vem transacionando fortemente no mundo. Nos próximos três anos, esta modalidade estará cada vez mais atuante no Brasil”, explica Fábio Moraes, diretor comercial da BDS. 

A expectativa da BDS é abrir 30% do capital para investidores. A projeção conservadora é de que seus ativos aumentem em 10 vezes no intervalo de um ano e atinjam um valor aproximado de US$ 100 milhões (R$ 525 milhões, na cotação atual) no mercado de criptomoedas.

Um novo estudo da TechNET Immersive apontou que a indústria de jogos está avaliada em US$ 163,1 bilhões. Com isso, o setor é responsável por mais da metade do valor da indústria de entretenimento, confirmando a estatística de que essa categoria é maior do que o mercado de cinema e música juntos.

A startup soteropolitana atua com pelo menos oito nichos, cada um operando como unidade de negócio. “Nosso papel é complexo justamente por promover a estrutura”, ressalta LKZ. 

Com o propósito de democratizar e profissionalizar o mercado de games no país, a BDS conta atualmente com 200 colaboradores das mais diversas áreas, “com vontade de crescer”, salientou o fundador LKZ. Os conteúdos e produtos da BDS já alcançam um público estimado de 800 mil pessoas. 
 
Dentre as atividades da BDS estão: promover torneios competitivos; apoiar times e atletas; formar e gerenciar influenciadores; organizar eventos; comercializar produtos e serviços voltados à cultura de jogos eletrônicos; produzir conteúdos para mídias digitais; realizar mentorias direcionadas à saúde física e mental dos gamers, além de possuir laboratório para capacitação de até 40 categorias profissionais da cadeia gamer.