SP e interior caminham para 3ª crise hídrica, diz site

A cidade de São Paulo (SP) está com seu maior reservatório de água registrando baixas em seu nível. O Cantareira é responsável pelo abastecimento de 7 milhões de pessoas e neste sábado (9) chegou a 28,9% de sua capacidade, nível mais baixo desde o colapso de cinco anos atrás, segundo o Infomoney. 

O interior do estado também passa por dificuldades em relação à falta de água. Em São José do Rio Preto a população já vive um racionamento. Outras cidades como Itu e Franca tiveram que implantar rodízio. Além disso, Valinhos busca água em Campinas, cidade vizinha, pois seus mananciais estão praticamente secos. 

O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) chegou a declarar que as chuvas de 2020 não foram o bastante para aumentar o nível dos reservatórios. Em outro documento, o órgão federal afirmou, no segundo trimestre deste ano, que a estiagem impactaria ainda mais os bolsões de água do Centro-Sul do país.

Na última sexta (8), o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) reduziu a expectativa de carga de energia elétrica no Brasil em outubro para queda de 0,1%, a 71.163 MW médios. “Outro fator que influencia no recuo da carga é a previsão de temperaturas mais amenas nas regiões Sul e Sudeste/Centro-Oeste”, disse a ONS. 

Conforme meteorologistas, a maior parte do país sofrerá uma estiagem prolongada entre o final da primavera e início do verão devido ao La Niña, um fenômeno que esfria as águas do Oceano Pacífico e embaralha o regime de chuvas na América do Sul.