Salto do petróleo favorece magnatas dos EUA

A prova disso é que, pela primeira vez, um deles conseguiu entrar no ranking dos 500 mais ricos do mundo

Apesar da disparada dos preços do petróleo ter prejudicado diversos setores, os magnatas do xisto e do gás dos Estados Unidos parecem estar lucrando em meio ao alto custo da commodity. A prova disso é que pela primeira vez, um deles conseguiu entrar no ranking dos 500 mais ricos do mundo.

O índice de bilionários da Bloomberg, composto pelos cidadãos americanos que atuam no setor de petróleo e gás, possui agora um patrimônio líquido coletivo de US$ 239 bilhões. Desde 24 de fevereiro, dia em que a Rússia invadiu a Ucrânia, o valor somado já saltou quase 10%. O movimento de alta acompanha também as sanções dos EUA e Europa, que ameaçam as exportações russas.

O preço do barril do tipo Brent já avançou 32% desde o início dos conflitos no leste europeu e seguia acima de US$ 100 na sexta-feira (18). A crescente impactou diversos mercados, com ações de companhias aéreas e de tecnologia sofrendo baixas. Entretanto, o valor mais caro tem sido benéfico para empresas que ganham dinheiro com produção, venda ou transporte de combustíveis fósseis.

Harold Hamm (76 anos), é cofundador da gigante de xisto Continental Resources e subiu 28 posições no índice de riqueza da Bloomberg, chegando a 93ª colocação. Atualmente, ele passou a controlar uma fortuna de US$ 18,6 bilhões.

Já Richard Kinder (77 anos) possui agora um patrimônio líquido de US$ 8,5 bilhões, devido à sua participação na operadora de oleodutos, gasodutos e armazenamento de energia, Kinder Morgan. 

Michael S. Smith (71), fundador da Freeport LNG, marcou sua estreia na lista dos 500 mais ricos graças à crescente demanda por gás natural liquefeito.