Pix: Receita Federal emite alerta sobre fraudes usando IOF no pagamento digital

Vítimas têm repassado IOFs falsos via Pix para estelionatários

A Receita Federal emitiu nesta sábado (2) um comunicado alertando os usuários de Pix para os golpes aplicados na ferramenta digital através do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), comumente usado para operações de crédito e câmbio.

O órgão afirmou que estelionatários têm se passado por empresas fantasmas que alegam às vítimas que créditos podem ser liberados via o pagamento antecipado do IOF pelo Pix. As informações são da “Agência Brasil”.

De acordo com o Fisco – conjunto de órgãos responsáveis por fiscalizar se pessoas físicas ou jurídicas estão cumprindo a legislação tributária no Brasil – os criminosos induzem as vítimas a recolher taxas inexistentes através da apresentação de documentos falsos.

Com isso, o cidadão que cai no golpe acaba repassando o IOF falso por meio de transferências no Pix para contas de pessoas físicas, no caso, os próprios fraudadores.

O órgão regulador aproveitou para reforçar que não realiza empréstimos à população e que a Receita Federal não fornece nenhum tipo de dado pessoal para recolhimento de tributos ou taxas via transferência.

Além disso, a Receita Federal também afirmou que, ainda que alguns tributos possam ser pagos via Pix, o IOF só pode ser pago a partir do momento em que a instituição que concede o empréstimo apresente o Darf (Documento de Arrecadação de Receitas Federais).
 

Golpes como “urubu do Pix” estão aumentando na ferramenta digital

Outra fraude que tem aumentado entre os usuários do pagamento digital é o “urubu do Pix”.

Tal golpe consiste na falsa propaganda de devolução de um valor multiplicado caso a vítima realize uma transferência no Pix da conta pessoa física divulgada no anúncio.

Com isso, além de não receber o valor de volta, o usuário ainda disponibiliza seus dados pessoais para um desconhecido.

O anúncio traz um link que leva ao WhatsApp, e é por esse meio que o golpe é aplicado. Para dar credibilidade à engenharia social, os falsários fazem o envio de um “valor teste” para que o usuário caia na emboscada. Os perfis utilizam ainda agradecimento de retorno financeiro com o “urubu do Pix”.

Os golpes do Pix estão aumentando cada vez mais. Entre abril e maio deste ano, as tentativas cresceram em 350% em comparação aos meses de fevereiro e março, de acordo com a empresa de cibersegurança PSafe.

Segundo relatório divulgado, a empresa bloqueou mais de 424 mil ameaças de golpes no período. Entre as abordagens mais utilizadas pelos criminosos está o phishing, modalidade de golpe na qual as vítimas são direcionadas para sites falsos, que pedem dados sensíveis em troca de um falso benefício.

Muitos golpistas também usam técnicas de engenharia social para enganar as vítimas e convencê-las a fazer uma transferência via Pix. É o caso de criminosos que se passam por conhecidos para pedir dinheiro emprestado a amigos e familiares pelo WhatsApp.