Pix: com aumento de crimes, vereador defende fim de ferramenta do Banco Central

Crimes envolvendo o meio de pagamento e transferência bancária aumentaram 228% em São Paulo

O vereador Marcelo Messias (MDB-SP) voltou a defender o fim do Pix em São Paulo, após um levantamento da CNN mostrar o aumento de 228,4% dos crimes envolvendo o meio de pagamento e transferência bancária. 

Em entrevista à Gazeta, Messias, que apresentou em fevereiro deste ano um projeto de lei na Câmara Municipal de São Paulo que propõe proibir o PIX na capital paulista, disse que a ferramenta tem causado uma insegurança muito alta, e até a volta de sequestros na cidade.

“Agora tem a moda em São Paulo de se ter dois celulares: um para ficar em casa, com o Pix, e o outro para usar no dia a dia”, explicou o vereador, segundo o Diário do Litoral. 

Ainda de acordo com o parlamentar, os idosos são os mais vulneráveis a esse tipo de criminalidade, muito por conta de contar com uma habilidade menor em relação à tecnologia. 

Sem contato da Febraban

Desde que apresentou o projeto, Messias segue aguardando o contato da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) para discutir melhorias na ferramenta.

O parlamentar sugere, no projeto, que as contas vinculadas a agências bancárias da capital paulista voltem a disponibilizar apenas os serviços de TED e DOC. 

A proposta está sendo analisada pela CCJ (Câmara de Constituição e Justiça) da Câmara Municipal. O parlamentar diz também que vem conseguindo apoio entre vereadores da Casa para votar a favor do projeto.

Com cerca de um ano e meio de criação, o Pix entrou no gosto do brasileiro pela facilidade e praticidade. De acordo com a “CNN”, o número de transações alcançou 1,6 bilhão em março deste ano. Além disso, o modelo de transferência do Banco Central obteve 85% de aprovação em pesquisa realizada pela Febraban.