PIB deve crescer entre 1,5% e 2%, diz Paulo Guedes

Para o ministro da Economia, “o Brasil já tem o crescimento contratado”

O PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil em 2022 deve apresentar crescimento de 1,5% a 2%, segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes. A avaliação foi mencionada durante evento do Bradesco BBI, nesta quinta-feira (7) O ministro argumenta que o governo está “muito seguro de que o Brasil está no caminho certo, mesmo com a ação forte do BC (Banco Central) para travar a inflação”.

O anúncio vai de encontro com o Boletim Macrofiscal da equipe econômica do governo federal divulgado em março, cuja projeção é que o PIB cresça 1,5%, ante 2,1% esperado anteriormente. 

A expectativa de crescimento se torna possível principalmente em decorrência dos novos contratos de investimento, advindos tanto de empresas brasileiras, como de capital estrangeiro. 

Guedes acredita que o crescimento poderia ser maior, mas observa que a alta dos juros, determinada pelo Banco Central como medida contra o combate ao mercado inflacionado, é um dos principais vetores de “desaceleração cíclica forte”.

Segundo Guedes, o governo brasileiro já têm compromissos firmados que equivalem a “dois planos Marshall”, cuja ordem totaliza cerca de R$ 830 bilhões para os próximos 10 a 12 anos. Além disso, a perspectiva é de arrecadar mais R$ 300 bilhões pelo setor privado até o final de 2022, o que elevaria o montante de investimentos para R$ 1,3 trilhão. A taxa de investimento deste ano está próximo de 19%.

“Esse vetor de crescimento possivelmente faria o Brasil crescer 3%, 3,5%. Mas tem um vetor de desaceleração forte que foi o combate à inflação, os juros do Banco Central subindo. É um vetor de desaceleração cíclica forte. Então, em vez de crescer 3% ou 3,5%, vai crescer em torno de 2%”

Guedes comenta ainda que as projeções do PIB e no desempenho econômico do país se tornaram possíveis com as reformas de marcos regulatórios promovidos pelo governo, mencionando os impactos da independência do Banco Central e as privatizações dos Correios e da Eletrobrás em curso. Foram tais reformas, segundo o ministro, que estimularam novos contratos de investimentos. “O Brasil vai crescer. O Brasil já tem o crescimento contratado. O Brasil já está em rota de crescimento”, reiterou.