Petrobras (PETR4): eleição do novo conselho de administração ocorre em agosto

A decisão foi confirmada no Comitê de Elegibilidade (Celeg) da empresa na segunda-feira (18)

O atual colegiado da Petrobras (PETR4) terá uma assembleia para eleição do novo conselho de administração no dia 19 de agosto. A decisão foi confirmada no Comitê de Elegibilidade (Celeg) da empresa na segunda-feira (18). Semana passada, o conselho havia considerado “inelegíveis” dois dos candidatos indicados pela União ao colegiado. 

A reunião vai eleger oito dos 11 integrantes do conselho de administração, segundo o “Valor”. 

A necessidade de eleger um novo conselho de administração surgiu depois que o antigo presidente, José Mauro Coelho, deixou os cargos de CEO e conselheiro em junho. Segundo o “Valor”, o CEO foi demitido por causa da insatisfação de Bolsonaro com o aumento dos preços dos combustíveis. 

Caio Paes de Andrade, o atual presidente da Petrobras, também está concorrendo a uma vaga no conselho. O presidente passou a ocupar uma cadeira no colegiado no lugar de Coelho. 

Os atuais conselheiros que concorrem à reeleição, Weber, Schneider, Gasparino, Abdalla e Paes de Andrade, não participaram da etapa da reunião do conselho da segunda-feira (18) que confirmou as conclusões do Celeg. 

Os votos foram unânimes, concordaram em seguir o veto recomendado pelo Celeg a dois dos candidatos da União: Jônathas de Castro e Ricardo Alencar. 

A assembleia de agosto é a última etapa prevista antes da AGE, na qual os acionistas da estatal vão escolher oito conselheiros.

Como a União apresentou oito concorrentes, e os minoritários lançaram dois nomes (Gasparino e Abdalla),  e ainda não está claro se a União vai insistir na indicação dos nomes vetados pelo comitê, o número de candidatos pode chegar a 10. 

Na segunda (18), a petroleira divulgou o resultado da reunião do atual conselho sobre as indicações para o próximo colegiado. A mesma publicou, nesta terça-feira (19), o edital de convocação e o manual para participação na AGE.

Há indicação de conflito de interesses entre as posições ocupadas por Castro e Alencar no governo, segundo a ata da reunião do Celeg, publicada na quinta.