IPCA tem deflação de 0,36% em agosto

IPCA cai para 8,73% em doze meses, retornando ao patamar de um dígito

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial no País, apresentou deflação de 0,36%% em agosto na comparação com julho, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (9) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e com isso caiu para o patamar de um dígito nos últimos doze meses, de 8,73%. 

No ano, a inflação acumulada é de 4,39%. Em agosto de 2021, a variação havia sido de 0,87%. O resultado ficou em linha com a expectativa do mercado, que era de uma deflação de 0,39% no mês passado e uma desaceleração do IPCA para 8,72% em 12 meses, segundo o consenso Refinitiv.

A queda nos preços foi novamente impulsionada pela redução no preço dos combustíveis, na esteira da desoneração do ICMS, da queda recente nos preços internacionais do petróleo e dos cortes que a Petrobras tem feito nos preços da gasolina nas refinarias.

IPCA de agosto é influenciado pela queda no grupo dos Transportes

Assim como em julho, o resultado deste mês foi influenciado principalmente pela queda no grupo dos Transportes (-3,37%), que contribuíram com -0,72 ponto percentual (p.p.) no índice do mês. 

O resultado dos Transportes (-3,37%) foi influenciado mais uma vez pela queda no preço dos combustíveis (-10,82%). Em agosto, os preços dos quatro combustíveis pesquisados caíram: gás veicular (-2,12%), óleo diesel (-3,76%), etanol (-8,67%) e gasolina (-11,64%), este último com o impacto negativo mais intenso (-0,67 p.p.) entre os 377 subitens do índice que mede a inflação.

Cabe lembrar que o preço da gasolina nas refinarias foi reduzido em R$ 0,18/litro em 16 de agosto. E os preços das passagens aéreas (-12,07%) também recuaram, após quatro meses de altas. Ainda em Transportes, a alta do subitem táxi (0,38%) reflete os reajustes em Vitória (35,94%) e Campo Grande (10,11%).

Além disso, o grupo Comunicação (-1,10%) também recuou, com impacto de -0,06 p.p. No lado das altas, o destaque foi Saúde e cuidados pessoais (1,31%), que contribuiu com 0,17 p.p. em agosto.

Já Alimentação e bebidas (0,24%) desacelerou em relação a julho (1,30%), com impacto de 0,05 p.p. Os demais grupos ficaram entre o 0,10% de Habitação e o 1,69% de Vestuário, maior variação positiva no IPCA de agosto.