IGP-M registra alta de 1,82% em janeiro, diz FGV

A alta ficou abaixo da mediana das estimativas de 26 consultorias e instituições financeiras.

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) ficou em 1,82% em janeiro, após variar 0,87% no mês anterior, informou nesta sexta-feira (28) a Fundação Getulio Vargas (FGV).

A alta ficou abaixo da mediana das estimativas de 26 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, de 1,96%, com intervalo das projeções indo de 0,80% a 2,34%. Em janeiro do ano passado, o índice havia subido 2,58% e acumulava alta de 25,71% em 12 meses.

Com o resultado, o índice acumula alta de 16,91% em 12 meses. Em janeiro de 2021, o índice havia subido 2,58% e acumulava alta de 25,71% em 12 meses. André Braz, economista do Ibre-FGV e coordenador dos Índices de Preços, em comentário no relatório destaca a participação do minério de ferro no resultado. A commodity está passando por um período de valorização e impacta no IPA (Índice de Preço ao Produtor), principal componente do IGP.

“A inflação ao produtor segue espalhada. Os preços dos bens de investimento subiram 2,07%, ante 0,78%, em dezembro de 2021. Já os preços de materiais e componentes para manufatura avançaram para 1,33%, depois de subirem 0,40% no mês passado. Por fim, o minério, embalado pela escalada do preço internacional, fechou janeiro com alta de 18,26% e respondeu por 52% do resultado do IPA”, afirma André Braz.

Composição do IGP-M

Possuindo 60% do peso na composição do IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), avançou 2,3% em janeiro deste ano, após alta de 0,95% em dezembro de 2021. As maiores pressões vieram dos bens finais (0,75%), puxado pelos bens de investimento (2,07%); bens intermediários (1,05%), puxado por materiais e componentes para a manufatura (1,33%); e matérias-primas brutas (4,95%), puxado por minério de ferro (18,26%), soja em grão (4,05%) e milho em grão (5,64%).

Possuindo 10% do peso na composição do IGP-M, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve alta de 0,64%, ante 0,30% em dezembro. Os três grupos componentes subiram na passagem de dezembro para janeiro: Materiais e Equipamentos (0,48% para 1,05%), Serviços (0,57% para 1,28%) e Mão de Obra (0,10% para 0,14%).