Indie Capital: gestora faz alterações na carteira do FIC FIA em meio a cenário desafiador

A gestora de investimentos Indie Capital divulgou o resumo de junho e também o resultado do Indie FIC FIA no primeiro semestre de 2022. Em meio ao cenário mais desafiador, a exposição foi readequada e algumas alterações foram feitas na carteira, a fim de buscar um maior equilíbrio do portfólio. 

“Reduzimos a exposição em empresas de longa duração e com alto risco de execução, mantendo aquelas com alto potencial de consolidação em seus setores. E aumentamos a exposição a investimentos de ‘eventos’ e ‘cíclicos'”, explicou em comunicado oficial.

Além disso, também houve um aumento na diversificação, seja em quantidade de empresas ou diminuindo a concentração em empresas maiores para evitar riscos de cauda.

No semestre, o Indie FIC FIA teve resultado de -23.29%, enquanto o Ibovespa e o IBX fecharam em -6% e -5,72%, respectivamente.

Fatores que mais influenciaram em junho

Em junho, o Indie FIC FIA teve resultado de -13,65%, enquanto o Ibovespa e o IBX fecharam em -11,50% e -11,56%, respectivamente. Alguns fatores influenciaram o resultado no mês. 

No cenário doméstico, o Brasil tem sofrido com a inflação alta, mas começou o ciclo de aumento de juros com antecedência, de modo que, provavelmente, pode estar se aproximando do fim. 

Já a piora do quadro fiscal com avanços negativos em aprovações recorrentes de medidas e subsídios que ferem o teto dos gastos tem cobrado o preço quando se olha o alto juro real embutido nas curvas de juros futuro. 

No cenário internacional, fatores como a preocupação com o Fed (Banco Central dos EUA) “atrás da curva” provocou queda de mais de 20% no S&P do semestre, assim como a inflação global, a alta no preço de commodities e os problemas nas cadeias produtivas também influenciaram. 

Carteira do Indie FIC FIA

Quanto a carteira do fundo, a Indie Capital reforça que a mesma segue com dinâmica mais balanceada entre temas de crescimento acelerado, investimento cíclico e de eventos, com maior concentração nos setores de utilidades públicas, serviços financeiros e saúde.