Educação financeira

Finanças pessoais: como organizar e controlar sua renda

Uma falta de planejamento e organização pode gerar sérios problemas

Controlar suas finanças pessoais é essencial para controlar todas as áreas da sua vida. Uma falta de planejamento e organização pode gerar sérios problemas, como se endividar ou gastar desnecessariamente, comprometendo a renda. 

Organizar as finanças pessoais não é importante só pela questão financeira, mas por proporcionar qualidade de vida. Quando se tem um controle financeiro, a preocupação com as contas do fim do mês tem uma redução bastante significativa, além de poder se programar para atividades, como viajar ou trocar de carro, por exemplo. 

O que é o controle financeiro

Controle financeiro pessoal é o hábito de organizar todas as receitas e despesas no período, geralmente mensal, considerando tanto as contas fixas quanto as despesas gerais. 

É um hábito importante, pois muitas pessoas não tem a noção do quanto ganham e o quanto gastam por mês, ocasionando o descontrole financeiro. 

Vale salientar que é preciso dedicação, planejamento e a utilização de ferramentas que auxiliem no controle financeiro pessoal para manter as finanças regulares.

Existem alguns gastos que são, praticamente, fixos na vida do ser humano. Os essenciais, como moradia, alimentação, transporte, saúde, educação, entre outros. Além, claro, de desejos pessoais, como roupas, celular, etc. Cada vez mais presente na vida do brasileiro, os investimentos também surgem como uma categoria a mais. 

Gestão de finanças pessoais

De acordo com a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e com o SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), cerca de 48% dos brasileiros não adotam nenhum método para controlar o próprio orçamento.

Além disso, o endividamento das famílias brasileiras bateu recorde no ano de 2021, com uma média de 70,9%. Na comparação com 2020, o crescimento foi de 4,4 pontos percentuais, o maior aumento registrado nos últimos 11 anos, quando começou a série histórica, de acordo com o CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).

Claro que ganhar muito dinheiro não é uma má ideia. Porém, no final das contas, não será quanto ganha, mas como lida com a quantia. 

Dicas e ferramentas para organizar as finanças pessoais

– Fazer um orçamento: antes de mais nada, é bom ter em mãos todos os seus custos fixos, como água, luz, telefone, aluguel, plano de saúde, entre outros. Em seguida, calcule a quantia média de todas as despesas mensais. O valor encontrado será o seu custo de vida. 

Com essas informações, você já tem uma noção que esse valor fixo já irá comprometer boa parte da sua renda mensal. Por isso, é preciso acompanhar sempre suas futuras despesas para garantir que tudo esteja conforme o planejado.

– Gaste menos do que ganha: tendo noção dos gastos mensais e, obviamente, do quanto recebe, é preciso estabelecer sempre o equilíbrio para não gastar mais do que ganha. Criar o hábito de acompanhar os extratos com frequência é uma ferramenta importante. 

Para isso, também é preciso dar mais atenção ao cartão de crédito, pois ele pode criar uma sensação de poder de compra, uma vez que oferece o parcelamento, em algumas vezes sem juros.

Por isso, é preciso sempre estar ciente de que o cartão de crédito não é uma renda extra, já que a fatura terá que sempre ser paga, no mínimo, ao final de todo mês. 

– Estabeleça metas para economizar: seguindo na mesma linha de não gastar mais do que ganha, estabelecer metas pode ser uma importante ferramenta para economizar. Para isso, você pode determinar um valor mensal para reservar e, ao receber o salário, separar imediatamente essa quantia em um lugar diferente da conta que você usa para os gastos diários.

– Monte uma reserva de emergência: falando em economizar, é importante montar sua reserva de emergência, pois é imprescindível estar preparado para diversas situações imprevistas que podem acontecer. 

Uma reserva de emergência vai ser extremamente útil para que você possa se prevenir de diversos problemas, como o desemprego, problemas de saúde, consertos no carro, entre outros.

– Reveja hábitos: muita gente cria hábitos que, no futuro, tornam-se muito difíceis de serem quebrados. Idas a restaurantes, cinemas e shoppings ficam cada vez mais recorrentes. O lazer é bom, mas e os gastos? 

É importante rever alguns hábitos, inclusive familiares. Comece comunicando aos parentes a importância de reverem os hábitos e das mudanças que precisam ser feitas para que seja possível a conquista de alguns objetivos. Quando a família inteira caminha em uma só direção, é muito mais fácil um ajudar o outro.

Procure aumentar sua renda: temos falado muito sobre economizar, rever hábitos, entre outros. Mas também é importante focar para tentar aumentar a renda. Tendo mais equilíbrio com os gastos, um acréscimo na renda seria fundamental, pois elevaria a capacidade de poupar e investir. 

Portanto, se você quer ganhar mais, pode seguir por dois caminhos: focar na renda principal ou criar uma renda extra. Na principal, buscar uma especialização, como um curso técnico, uma pós-graduação ou uma certificação.

– Evite acumular dívidas: por último e não menos importante, evite acumular dívidas. Se você não as tiver, já estará no caminho certo para controlar suas finanças pessoais. Porém, caso as tenha, deverá ser sua primeira missão a ser concluída. 

Contas atrasadas geram novos custos, devido aos juros que são cobrados, e tiram a possibilidade de poupar e de se programar melhor. Afinal, todo dinheiro que entra é direcionado para as contas a pagar e o principal objetivo passa a ser zerar a dívida.

Como forma de resolver esse problema, você pode tentar renegociar ou parcelar a dívida, e ficar livre dessa “pedra” no seu projeto de organização financeira. 

Negocie melhores condições com o credor e busque quitá-las, priorizando o pagamento daquelas que possuem os juros mais altos e, assim, conseguirá um equlíbrio maior em suas finanças pessoais.