Educação financeira

ETF: como investir além de ações

Veja quais são os tipos, as vantagens e desvantagens, aprenda como investir neste fundo e quanto custa.

Você, leitor ativo da BP Money, já conheceu sobre compra de ações no mercado estrangeiro através dos BDRs, agora irá aprender que há outras alternativas para se negociar nos pregões de bolsas de valores além da compra de ações.

O que é ETF

O ETF, sigla em inglês para Exchange Traded Fund, que em tradução livre significa fundo negociado em bolsa, é um investimento que tem como referência algum índice da bolsa de valores, como por exemplo o Ibovespa ou o Índice Brasil. 

Um ETF que tenha como referência o Ibovespa, por exemplo, é composto de todas as ações que fazem parte do índice brasileiro, na mesma proporção. Também conhecido como fundo de índice, ele representa uma espécie de “condomínio” de investidores que aplicam seus recursos em conjunto. 

Este fundo engloba uma série de ativos financeiros, administrados por uma gestora especializada, que tem como investidores um grupo de pessoas. Para investir no fundo, cada pessoa compra uma “cota” de participação, sendo que o valor varia de acordo com o produto.

Apesar de ser negociado como uma ação, a diferença é que a compra de um papel de uma companhia não é de uma única empresa, mas sim, de várias ao mesmo tempo. Os ETFs seguem uma estratégia de investimento predeterminada, e, por oscilarem de acordo com o índice de referência, é considerado um investimento passivo.

Quais são os tipos de ETFs?

Existem fundos negociados em Bolsa de Valores formados por ações que correspondem a um índice de referência reconhecido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), como o Ibovespa. Estes são os ETFs de renda variável, que também podem ser chamados de ETFs de ações.

Já os ETFs de Renda Fixa, compostos em sua grande maioria por títulos públicos e privados, se destacam por serem negociados em Bolsa que buscam refletir as variações e a rentabilidade de índices de renda fixa.

Vantagens

Este fundo se destaca por possuir a vantagem de menor custo do que outros tipos de fundos, que cobram taxas de administração e performance. Comparando com os fundos de investimento tradicionais, geralmente os ETFs têm uma taxa de administração de aproximadamente 1%. Também se destaca a facilidade de comprar e vender suas cotas. 
 
Outro ponto positivo é que este fundo possibilita a oportunidade de diversificação da carteira, uma vez que o fundo aplica em diversos produtos, inclusive, podendo existir investimentos em produtos de outros países.

O ETF também pontua no quesito praticidade, já que não há necessidade do investidor se preocupar com comparações e análises dos tipos de índices, pois o próprio próprio fundo faz isso. Com isso, há redução de custo operacional e do tempo dedicado ao planejamento.

Por ser negociado no pregão da Bolsa de Valores, este fundo também se destaca por apresentar uma nitidez sobre seu investimento, tendo em vista que, diferente do que acontece nos fundos tradicionais, acompanhar as movimentações feitas em tempo real é uma realidade para quem aplica nos ETFs. 

Desvantagens

Dois pontos negativos ascendem sobre os ETFs: liquidez e tributação. Para fundos de índices de renda variável, o prazo para liquidação é de 2 dias a partir da data de negociação. Já para os de renda fixa, o prazo é de apenas 1 dia. Esse quesito só pode vir a ser negativo analisando a individualidade de cada carteira

Já na tributação, 15% é abatido sobre o ganho do capital, onde há a condição de que não há isenção de IR para quem realiza vendas na bolsa de valores em valor até R$ 20 mil mensais.

Como investir em ETF? 

O processo de compra do  ETF é simples e prático. Inicialmente é necessário ter uma conta em uma corretora de investimentos, com valores já disponíveis na conta. O home broker dá acesso a contratação, ou também pode ser realizada de forma direta. 
Os Fundos de Índice devem ser adquiridos com profissionais especializados, com uma corretora ou distribuidora de valores imobiliários, devidamente habilitada e ligada ao sistema de distribuição de valores imobiliários. Com ajuda profissional será possível fazer melhores escolhas  de acordo com os objetivos, analisando o perfil do investidor e as estratégias definidas para a composição da sua carteira. 

ETF no exterior

Embora em território nacional ainda não seja muito tradicional, este mercado é extremamente conhecido no exterior. É possível investir por aqui, no Brasil, em um ETF dos EUA, por meio do S&P 500 FI, fundo composto por ativos de empresas norte-americanas e negociado na Bolsa de Valores brasileira. Desta forma, as cotas do ETF negociadas na B3 se assemelham às compras de ações. Ao adquirir tais cotas, o investidor, indiretamente, passa a deter todos os ativos estrangeiros da carteira teórica do índice, sem ter de comprá-las separadamente no mercado externo. Nesse sentido, o ETF pode proporcionar mais rapidez e eficiência no momento de diversificar internacionalmente seus investimentos através de ativos estrangeiros.
A versatilidade são inúmeras, podendo variar os países específicos a uma classe de ativos como títulos globais, e até commodities, como o ouro. Investir em mercados de difícil acesso, como mercados emergentes, torna-se muito mais simples ao investir em ETFs.

Quanto custa investir em ETFs?

É possível começar a investir em um fundo de índice com R$ 100. É possível negociar apenas uma cota de ETF de renda variável na B3, o que justifica o investimento inicial ser baixo. Mas antes de investir se faz necessário destacar algumas taxas atreladas ao investimento, como: taxa de administração anual, taxa de corretagem (esta cobrança é relativa a corretora) e taxa de emolumentos.