Educação financeira

Conheça tipos de juros e suas funções

Entender sobre taxas de juros é um pré-requisito básico para quem deseja ter um controle maior dos seus investimentos

Entender sobre taxas de juros é um pré-requisito básico para quem deseja ter um controle maior dos seus investimentos, empréstimos, financiamentos e movimentações financeiras em geral.

Os juros são uma variável importante que ajudam a explicar, por exemplo, a rentabilidade de uma aplicação. 

Aprenda quais servem para cada negócio e as diferenças e semelhanças entre eles.

Juros Nominal 

As taxas de juros são classificadas de formas diferentes de acordo com o tipo de avaliação percentual que está sendo feita. A taxa nominal de juros, por exemplo, é utilizada para demonstrar os efeitos da inflação no período analisado e encontra-se expressa, explicitamente, em contratos de empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras, correspondendo ao período de um ano. Sendo uma remuneração monetária sujeita à inflação, a taxa nominal é expressa com referência a uma unidade de tempo distinta daquela em que a capitalização de fato ocorre. 

Juros Real 

Já a taxa de juros real (TJR) representa o rendimento dos investimentos na prática, ou seja, ela expressa de forma mais eficaz o quanto um patrimônio cresceu e, ao contrário da taxa de juros nominal, há mais de uma forma de projetá-la e calculá-la. A taxa de juros real não contabiliza a inflação logo, o conceito desse mecanismo é simples: juros nominal – inflação. Isso implica o princípio de que, para saber o real rendimento, é preciso descontar a depreciação do poder de compra do dinheiro. 

Normalmente a TRJ é medida no período de um ano e há duas maneiras utilizadas para contabilizá-la: a partir dos doze meses futuros (ex-ante) e a partir dos doze meses anteriores (ex-post). Para quem realiza um financiamento ou empréstimo, a taxa ex-ante é certamente a melhor opção, pois, apesar de ser uma previsão, é o meio mais seguro de antever o que acontecerá nos meses seguintes. Já na taxa ex-post, é levado em consideração a Selic e o IPCA do período de doze meses passados.

Juros Prefixados 

As taxas de juros prefixados, por sua vez, são definidas na hora da contratação de um empréstimo ou da realização de um investimento. Ao optar por um investimento prefixado, é acertado de antemão quanto o dinheiro vai render ao longo de um determinado período, independente de oscilações na economia e no mercado financeiro, como é o exemplo do Tesouro Prefixado, que apresenta o percentual de rentabilidade caso o investidor mantenha o título até a data de vencimento. Para aqueles descrentes da Selic pela sua possibilidade de variação negativa ou positiva, negócios baseados na taxa de juros prefixados garantem a segurança sobre o rendimento do capital investido entretanto, em contrapartida, se a Selic subir o investidor pode deixar de ganhar dinheiro em comparação a investimentos com taxas de juros pós-fixados. 

Juros Pós-fixados 

As taxas de juro pós-fixadas levam em conta índices de inflação e juros de curto prazo que podem variar de acordo com o tempo e, consequentemente, se alteram conforme modifica-se a economia no país. Ao contrário dos prefixados, não são informados ao investidor na hora da aplicação financeira, logo só é possível ter noção do retorno do investimento no futuro. Essa rentabilidade costuma estar atrelada a algum índice ou indicador, como por exemplo o IPCA. 

Juros Híbridos 
 
Por fim, as taxas de juros híbridos representam a união entre os juros prefixados e os pós-fixados. São tipicamente caracterizados por terem sua remuneração dada pela taxa oficial de inflação, além de possuírem uma parte de juros adicional.